Manaus (AM) — Em depoimento à polícia, na tarde desta segunda-feira (3/6), Bruno Roberto prestou esclarecimentos sobre a morte da ex-namorada dele, a ex-sinhazinha do boi Garantido, Djidja Cardoso, encontrada morta na última terça-feira (28/5). Na ocasião, ele também confirmou a existência da seita ‘Pai, Mãe e Vida’, liderada por Cleusimar Cardoso e Ademar Farias, mãe e irmão de Djidja, respectivamente, onde cetamina era utilizada durante rituais.
Acompanhado de um advogado, Bruno foi ouvido pelo delegado do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio, que está à frente das investigações do caso envolvendo a família de Djidja. “Ele (Bruno) nos repassou informações sobre como funcionava a situação da casa e, também, sobre a administração da seita e indução de outras pessoas à situação”, informou o delegado.
Questionado sobre a participação na seita, já que tem ‘Pai, Mãe e Vida’ tatuado no peito, o ex-namorado da sinhazinha, segundo o delegado, disse que a tatuagem foi feita em momento em que estavam juntos, mas que deve cobri-la. “Não podemos dar mais informações, uma vez que as investigações estão em andamento”, pontuou o delegado.
O depoimento de Bruno contraria a versão das advogadas de Cleusimar Cardoso e Ademar Farias sobre a existência da seita. No último domingo (2/6), elas informaram que ‘Pai, Mãe e Filho’ era “fruto de alucinações extremamente severas de uma droga que está destruindo famílias”.
Cleusimar, Ademar e três funcionários do salão Belle Femme — Verônica Seixas, Marlisson Vasconcelos e Claudiele — estão presos por tráfico de drogas e associação ao tráfico, entre outros crimes.