Brasília (DF) — Nesta terça-feira (24/10), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) publicou a exoneração do secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Maurício Fortunato Pinto, um dos investigados pela Polícia Federal (PF) na Operação Última Milha. O órgão também exonerou outros dois diretores, que não tiveram os nomes divulgados em função da proteção exigida por lei a agentes de inteligência.
O ex-secretário da Abin já estava afastado do cargo desde a última sexta-feira (20), quando a operação foi deflagrada, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da investigação.
A PF investiga o uso indevido, por parte de servidores da Abin, de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.
De acordo com a PF, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um “software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos.”