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Acusados das mortes de Dom Philips e Bruno Pereira ficam em silêncio durante audiência

Foto: Reprodução

Tabatinga (AM) – A Justiça Federal em Tabatinga (AM) determinou prazo para apresentação das alegações finais na ação penal contra os três homens denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) como os executores do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, crime ocorrido na região do Vale do Javari, em junho de 2022. Ao fim da audiência, realizada nesta quinta-feira (27), a Justiça concedeu prazos sucessivos para que as partes apresentem suas alegações finais por escrito: dez dias para o MPF, cinco dias aos assistentes de acusação e dez dias para a defesa.

Os réus Amarildo da Costa Oliveira (conhecido por “Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”), que seriam interrogados na audiência, usaram o direito ao silêncio e não foram ouvidos. Na ocasião, os denunciados participaram de forma on-line, pois estão presos em penitenciárias federais nos municípios de Catanduvas (PR) e em Campo Grande (MS).

Após a apresentação das alegações finais, o processo segue para decisão da Justiça a respeito da pronúncia dos réus, isto é, se os acusados irão ou não a júri popular. De acordo com a equipe de procuradores da República do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ), o MPF cumprirá o prazo estabelecido e se manifestará conclusivamente com a maior brevidade possível. A Justiça analisa a materialidade do crime e indícios de autoria, para decidir se os réus serão levados a júri popular.

Depoimentos

Amarildo foi o primeiro a depor, seguido de Jefferson e Oseney. Amarildo da Costa de Oliveira, de 42 anos, que está em um presídio federal no Paraná afirmou que está há quase um ano sem ver a família e advogados. O pescador declarou que sabe o motivo pelo qual está preso, mas negou o crime.

O juiz informou a Amarildo que seria a única chance dele de falar com a presença do magistrado. Mesmo com o pedido, o réu se recusou e disse que ficaria em silêncio.

Jefferson da Silva Lima, de 32 anos, foi o segundo réu a ser ouvido durante o depoimento. Preso na penitenciária federal de Mato Grosso, Jefferson se negou a responder onde mora e não respondeu se teria contato com os advogados.

Em seguida, ele alegou não ter condições financeiras e que sente muita falta da família. O acusado disse, ainda, que não sabe o porquê de estar em um presídio federal e que não tem ciência das acusações.
Jefferson só confirmou que tem três filhos e que morava no município de Benjamin Constant, no Amazonas.

Oseney de Costa de Oliveira foi o último a depor. Ele também disse que ficaria em silêncio. O réu respondeu apenas que morava no Rio Itacoai, em Atalaia do Norte, trabalha com pesca e tem quatro filhos. Ele disse que só falaria com a defesa pessoalmente.

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