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Além de torturar e deixar o filho cego, pai estuprou filha de 8 anos em São Gabriel da Cachoeira

Foto: Reprodução

Manaus (AM) – O caso do pai e do tio que torturavam um menino de 12 anos em São Gabriel da Cachoeira, interior do Amazonas, é mais cruel do que parecia, segundo a polícia. Durante coletiva de imprensa o delegado Paulo Mavignier deu detalhes chocantes sobre o caso e revelou que o garoto, além de torturado, supostamente teria sido submetido a rituais satânicos pelo próprio pai e tio, que são professores no município.

O caso aconteceu na comunidade indígena Balaio, a 100 km de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas e só foi descoberto após denúncia do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) local.

De acordo com o delegado Paulo Mavignier, o adolescente morava com a mãe, mas costumava passar os fins de semana com o pai, momento em que ocorriam as agressões. O menino contou que era espancado e proibido de dormir e de comer.

“A própria criança, quando eu o visitei no hospital, me relatou que era agredida e que o tio auxiliava o pai, a segurando e a amarrando. Ele disse que era agredido com uma barra de ferro, com tijolos, das mais diversas formas, e que o pai fazia menção a rituais satânicos no momento em que o agredia, sempre com a ajuda do tio”, afirma

Por conta das agressões constantes a vítima criou um coágulo na cabeça e ficou cega, quando foi resgatada, ela apresentava sinais de desnutrição extrema e já estava até perdendo os movimentos das pernas quando foi resgatada.

Mavignier afirma que, apesar das denúncias de ritual, as agressões ocorriam quando o pai estava embriagado e falava coisas desconexas.

“Em relação aos rituais satânicos, isso foi relatado pela criança e pelo psicólogo do CRAS, e teoricamente, as agressões seriam uma espécie de oferenda da criança à uma entidade. As agressões eram por conta da embriaguez do pai e do tio e eles usavam esse artifício de que o garoto estava envolvido em alguma coisa obscura, maligna. A situação de agressão justificaria a libertação dessa criança, mas isso era coisa do pai quando ele estava alcoolizado”, diz o delegado.

O caso só veio a tona depois que o estado de saúde do garoto piorou nas últimas semanas, chamando a atenção dos profissionais do CRAS.

A polícia investiga ainda se a mãe era conivente com a situação, uma vez que viu o estado da criança e não denunciou.

Os acusados das agressões foram presos na última sexta feira (29), e nem o tio, nem o pai pareceram surpresos com a chegada da polícia e com extrema frieza. De acordo com o Delegado, o pai chegou a perguntar dos policiais se o filho “já havia morrido”.

“A frieza do pai nos chamou a atenção, no momento em que eu abordei ele e disse que ele estava preso, ele disse: É por causa do meu filho é? Ele já morreu?”

Questionado sobre os ferimentos no garoto, o homem se negou a falar como eles foram provocados e disse apenas que costumava levar o filho para um curandeiro.

O pai e o tio permanecem presos em São Gabriel da Cachoeira e vão responder por tortura e maus-tratos e omissão de socorro entre outros crimes.

A vítima, que foi trazida para Manaus, está internada e recebe acompanhamento médico, e no hospital a informação é que ele não conseguirá mais voltar a enxergar.

Pai também estuprou a filha

O professor indígena que foi preso junto com o irmão, em São Gabriel da Cachoeira, por deixar o próprio filho de 12 anos cego durante sessões de tortura, também estuprou a filha, uma criança de 8 anos. Segundo a polícia, o crime foi descoberto durante a investigação a respeito do caso do menino. “A irmã de 8 anos foi ouvida e relatou que sofreu abuso por parte do pai. Durante os exames de corpo e delito a perícia constatou a violação do hímen dela”, afirma o delegado Paulo Mavignier.

O pai está preso e vai responder, além da tortura contra o filho, pelo estupro da filha. A criança permanece sob a guarda da mãe que também será investigada por conivência.

O irmão da menina, que era torturado pelo pai, segue internado em Manaus para tratar um coágulo na cabeça causado pelas agressões. O menor perdeu a visão e corre risco de perder também os movimentos das pernas.

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