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Alvo da PF, comandante das Forças Especiais em Manaus é exonerado 

Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima foi alvo de busca em operação da Polícia Federal

Manaus (AM) – Alvo de operação da Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, foi exonerado pelo Exército Brasileiro.  A operação Tempus Veritatis investiga uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado após as eleições de 2022.

As exonerações, assinadas pelo comandante do exército, general Tomás Paiva, foram publicadas de quarta-feira (14/2) no “Diário Oficial da União”.

A exoneração atende à decisão do ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender do exercício da função pública os militares investigados pela Polícia Federal no inquérito sobre os planos golpistas.

Hélio foi alvo de buscas na operação da PF na última quinta-feira (8/2). Segundo a decisão de Moraes, ele teria atuado na “produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e de ‘estudos’ quanto à falta de lisura das eleições presidenciais de 2022”.

“Bem como sobre supostos registros de votos após o horário oficial, inconsistências no código-fonte, com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e de instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para a execução de um golpe de Estado”, prossegue Moraes.

Hélio Ferreira Lima enviou mensagens para Mauro Cid e outros militares “sempre no intuito de buscar suporte às notícias fraudulentas e ampla desinformação sobre inexistentes fraudes no pleito eleitoral para desacreditar as eleições brasileiras”.

Uma dessas mensagens encontradas pela PF possuía um documento em inglês que alegava ter identificado vulnerabilidades nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições de 2022.

O documento, segundo a decisão de Moraes, insinuava a existência de “dois códigos-fonte” nas urnas eletrônicas —mentira que foi espalhada por grupos bolsonaristas apesar de as Forças Armadas terem participado da lacração das urnas eletrônicas, sem apontar fraudes.

Hélio também teria participado de uma reunião com Cid, militares da reserva e da ativa, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) na época em que se discutia o golpe de Estado. O assunto da reunião, porém, não foi identificado pela Polícia Federal.

Fonte: Folha de SP

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