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Amazonas já registrou mais de 5 mil focos de calor este ano, aponta Inpe

Dados do Programa BDQueimadas, do Inpe, apontam aumento de 107,6% em relação ao mesmo período em 2023

Manaus (AM) – O Amazonas registrou, entre 1º de janeiro e 1º de agosto de 2024, 5.123 focos de queimadas, segundo o Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). Nesse mesmo período, em 2023, o estado teve 2.467 focos. O aumento de 107,6% tem afetado a vida de moradores da região, principalmente da porção sul.

O período de seca desse ano no Amazonas deve ser mais severo do que no ano passado, de acordo com o governo estadual. Entre as 62 cidades amazonenses, 22 declararam emergência. As queimadas em meio à estiagem resultam em péssima qualidade do ar.

De janeiro a agosto de 2024, os municípios mais afetados foram Apuí, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã e Humaitá. Manaus, capital do Amazonas, ficou em 30º lugar na lista, com 11 focos. A última posição foi de Urucuritiba, com um foco, assim como Codajás e São Paulo de Olivença.

Confira abaixo os 15 municípios que mais sofreram com os focos de calor no Amazonas:

  1. Apuí – 1.614
  2. Lábrea – 1.081
  3. Manicoré – 392
  4. Novo Aripuanã – 386
  5. Humaitá – 287
  6. Canutama – 207
  7. Maués – 164
  8. Boca do Acre – 144
  9. Tapauá – 117
  10. São Gabriel da Cachoeira – 62
  11. Autazes – 57
  12. Barcelos – 53
  13. Borba – 50
  14. Itacoatiara – 38
  15. Guajará – 37

Terras indígenas também foram prejudicadas. Nesse período, 204 focos de calor foram registrados. A área mais afetada foi a Alto do Rio Negro, com 50 focos, seguida por Pirahã (24), Tenharim Marmelos (20), Andirá-Marau (19) e Yanomami (16).

Conforme a Defesa Civil, a seca dos rios Tarauacá e Envira já impactou cerca de sete mil pessoas. O rio Negro, em Manaus, desceu 54 centímetros em julho. A estiagem atingiu a foz do rio Jurupari, um dos afluentes do Envira, e é possível ir de uma margem à outra a pé.

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