Manaus (AM) – O Amazonas possui o maior número de territórios indígenas afetados pela seca extrema na Amazônia. Os dados estão destacados no relatório Amazônia à Beira do Colapso – Boletim Trimestral da Seca Extrema nas Terras Indígenas da Amazônia Brasileira, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
De acordo com o levantamento, são 42 territórios e 3 mil domicílios indígenas, além de 15 povos originários, sendo um deles isolado.
A Amazônia Legal é formada pelos estados do Acre, de Roraima, do Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins, de Mato Grosso, Rondônia e do Amazonas, o estado mais afetado pela seca, conforme relata a Coiab.
Queimadas
O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) demonstra, de maneira minuciosa, como o fenômeno foi gradualmente se aprofundando desde maio deste ano.
O Amazonas registra mais de 21.600 focos de queimadas em 2024 e tem o pior índice em 26 anos.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1º de janeiro até 23 de setembro deste ano, o Amazonas contabilizou o total 21.612 focos de calor – o pior ano desde 1998.
Até então, o pior índice de queimadas no Amazonas tinha sido registrado em 2022, quando o estado contabilizou em 12 meses, 21.217 focos de calor.
Em 2024, agosto registrou 10.328 queimadas, o pior mês até o momento.