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Amazonas terá Grupamento Integrado de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIP)

A implantação do grupamento, que inicia no próximo mês e deve ser concluída no primeiro semestre de 2024, foi anunciada pelo Governo do Amazonas
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — Foi anunciado, nesta quarta-feira (8/11), pelo Governo do Amazonas, a implantação Grupamento Integrado de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIP), que deve iniciada no próximo mês e concluída até junho de 2024. De início, o grupamento atenderá 21 municípios que, atualmente, representam 92% dos registros de focos de calor no Estado.

De acordo com o governador Wilson Lima, o planejamento que integra as ações do Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental já prepara o Amazonas para enfrentamento de ocorrências futuras, especialmente ligadas aos fenômenos climáticos que, de acordo com especialistas, devem se tornar cada vez mais comuns ao longo das próximas décadas.

“Precisamos ter a manifestação da prefeitura de que tem interesse em participar desse nosso programa e aí a gente vai colocar lá no município carro-pipa, viatura e vamos disponibilizar cinco homens do Corpo de Bombeiros, desses que já foram convocados nesse último concurso, e também vamos capacitar a brigada dos municípios”, afirmou Wilson Lima.

O projeto, coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), prevê aporte de R$ 23,7 milhões para aquisição de veículos e equipamentos para estruturação de unidades operacionais. O valor será destinado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Além disso, o governador afirmou que também já há R$ 35 milhões, aprovado pelo Fundo Amazônia, que passará pela análise do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, após avaliação, o valor deverá ser somado ao do Ministério da Justiça para implantação do plano.

A partir desta quinta-feira (9/11), os municípios já poderão formalizar a solicitação de implantação. Na primeira quinzena de dezembro, será realizada a aprovação do Plano Estratégico e assinatura de convênio entre Estado e as Prefeituras. Ainda em dezembro, está previsto o início da implantação. Entre abril e maio de 2024, serão realizadas capacitações dos brigadistas.

Grupamento Integrado

A implantação do GCIP tem como base a lei federal n° 13.425, de 30 de março de 2017, que prevê a criação de serviços de prevenção de combate a incêndios e atendimento a emergências em municípios onde não há postos do Corpo de Bombeiros.

O plano contempla os municípios de Iranduba, Manacapuru, Novo Airão, Autazes, Careiro Castanho, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Itapiranga, Humaitá, Boca do Acre, Lábrea, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Tabatinga, Barcelos, Tefé, Maués e Tapauá.

“O mais importante é que será um trabalho contínuo, não somente para a estiagem. O município tem várias demandas atendidas pelo Corpo de Bombeiros. Ficamos felizes de estar entre os contemplados no convênio”, agradeceu Patrícia Lopes, prefeita de Presidente Figueiredo, município que já possui uma unidade dos bombeiros e que receberá o reforço.

Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Orleilso Muniz, para definição dos municípios foram analisados critérios como demandas de ocorrências, densidade populacional, posicionamento geográfico e relevância socioeconômica regional.

“Esse programa que o governador está iniciando é a maior expansão do Corpo de Bombeiros da história. Estaremos presentes agora em 21 municípios com instalações permanentes. São quartéis do Corpo de Bombeiros e funcionarão não apenas para atender ocorrências de incêndios, mas ocorrências de salvamento, entre outras”, disse o comandante-geral.

Na estrutura organizacional, o plano prevê que as bases serão coordenadas por bombeiros militares e equipes de combatentes com 15 brigadistas civis por municípios, divididos em guarnições de serviço operacional com escala de plantão em regime de 24h/48h.

Trabalho operacional

Desde o dia 12 de julho, o Corpo de Bombeiros tem atuado de forma intensificada no interior do estado, por meio da Operação Aceiro 2023, com envio de tropas e viaturas para municípios onde a corporação não possui postos e, também, com reforço de efetivo onde já existem unidades operacionais.

Atualmente, mais de 490 agentes entre bombeiros militares, brigadistas e integrantes da Força Nacional atuam na linha de frente de combate aos incêndios florestais e urbanos no Amazonas.

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