Manaus (AM) – Mesmo após a chuva da madrugada desta terça-feira (13), a qualidade do ar na capital amazonense permanece crítica devido aos elevados índices de queimadas. Desde o último sábado (10), a cidade tem enfrentado a pior qualidade do ar do país, com vários bairros encobertos pela fumaça.
O ar é considerado de boa qualidade quando apresenta uma medição entre 0 e 25 micrometros por metro cúbico, de acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (SELVA). Apesar da leve melhora proporcionada pela chuva, os registros do aplicativo SELVA ainda mostram que a qualidade do ar varia entre ‘muito ruim’ e ‘péssimo’ em todas as estações de monitoramento da capital.
No bairro Morro da Liberdade, na zona sul de Manaus, o índice de qualidade do ar chegou a 102,7 PM2.5, categorizado como ‘péssimo’ até às 7h10. No interior do estado, o município de Tapauá, a 449 quilômetros a sudoeste de Manaus, registrou um índice de 176,4 PM2.5, também classificado como ‘péssimo’.
Em resposta ao aumento das queimadas e à deterioração da qualidade do ar, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) recomendou à Prefeitura de Tapauá a criação de um Plano de Atuação Emergencial para enfrentar o problema. A Prefeitura tem dez dias para iniciar uma campanha de conscientização sobre a proibição do uso do fogo sem autorização e alertar a população sobre os riscos para a saúde e o meio ambiente.
De acordo com dados do programa ‘Queimadas’ do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registrados 544 focos de queimada em todo o Estado do Amazonas entre segunda-feira (12) e terça-feira (13).
