São Paulo (SP) – André Felippe Falbo Ferreira, mais conhecido como Pampa, morreu nesta sexta (7/6) aos 59 anos. O campeão olímpico de vôlei, que conquistou o título nos jogos em Barcelona de 1992, sofreu uma reação adversa à quimioterapia e teve complicações pulmonares. Ele tratava um linfoma, câncer que atinge o sistema linfático, e estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Pampa nasceu em Recife, capital de Pernambuco, e atuou por boa parte de sua carreira nos times de vôlei Pirelli, Palmeiras, Suzano e também em equipes internacionais, como Lazio e Nápoli.
Os primeiros Jogos Olímpicos em que representou a seleção brasileira foi em Seul, na Coreia, em 1988 – naquele ano, o Brasil chegou ao quarto lugar da competição. Quatro anos depois, no entanto, o atleta conseguiu o título de campeão olímpico.
Pampa fez parte da seleção brasileira durante nove anos: o atleta competiu em cinco ligas mundiais, dois pan-americanos, quatro sul-americanos, dois mundiais, duas copas do mundo, duas olimpíadas e um top four.
Com Pampa, a seleção conquistou medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de Havana em 1991, e a medalha de ouro na Liga Mundial de Vôlei em São Paulo 1993.
O atleta ficou marcado por ter realizado o ataque mais veloz já registrado no mundo durante a Liga Mundial de 1995, com 197 km/h, e também foi considerado o melhor atacante do Campeonato Italiano em 1995.
O apelido Pampa surgiu no início da carreira justamente por conta da força de seu ataque, que foi comparado ao coice de um cavalo pampa – uma raça tradicional no Brasil.
Após a aposentadoria das quadras, o ex-atleta entrou na vida política, mas sempre ligado ao esporte. Pampa trabalhou no Ministério do Esporte entre 2000 e 2002, e foi Secretário de Esportes da cidade de Suzano (SP) entre 2007 e 2010.
Entre 2013 e 2015 foi Secretário de Esportes de Campos (RJ) e, em seguida, assumiu a Superintendência Estadual de Esportes do Estado de Pernambuco.
Pampa deixa a mulher, Paula Falbo, e duas filhas, Isabella Maria, de quatro anos, e Rafaella Ferrer, de 36.