Manaus (AM) — A delegação amazonense de wrestling que representará o Brasil no campeonato mundial de desporto escolar embarca, neste domingo (20/10), para o Bahrein, no Oriente Médio. Organizada pela Federação Internacional de Desporto Escolar (ISF), a Gymnasiade, nome dado ao campeonato mundial, é considerada como equivalente às Olimpíadas, no âmbito escolar.
No total, nove atletas amazonenses viajam para o outro lado do globo. Destes, sete são oriundos da rede estadual de ensino. A competição, que acontece entre os dias 23 e 31 de outubro, receberá mais de cinco mil atletas de mais de 80 países. São 26 modalidades esportivas em disputa.
Participantes
Representar o Brasil em uma competição internacional já é o suficiente para considerar os atletas amazonenses vencedores. Entretanto, a participação não é suficiente para Vitor Braga, 17, estudante da Escola Estadual (EE) Professora Ruth Prestes Gonçalves, na zona norte Manaus. Lutador desde os 5 anos de idade, Vitor treina wrestling há três anos, e tem uma bagagem extensa de medalhas em competições estaduais e nacionais. Agora, o discente da rede estadual almeja uma medalha a nível mundial.
“Sabemos bem o nível da competição, mas lutamos muito para estar aqui. Estou preparado, e quero subir no pódio. Vivi todos os processos para chegar até aqui. Nas competições estaduais, nacionais. Falta fechar esse ciclo”, ressaltou Vitor.
Já para a atleta Jennifer Izolina, 15, estar na Gymnasiade é uma prova pessoal de superação. Em sua primeira competição nacional, nos Jogos da Juventude 2023, em Ribeirão Preto (SP), a atleta não conquistou nenhuma medalha. A frustração, de acordo com a atleta, só fui superada com o apoio dos familiares. Um ano depois, Jennifer participa do principal campeonato a nível escolar do mundo.
“Levantei a cabeça e me joguei nos treinos. Quando me classifiquei, não acreditei. Confesso que nunca pensei que chegaria tão alto no esporte”, compartilhou Jennifer.
A aluna da EE Cleômenes do Carmo Chaves, na zona leste da capital, também conta que sequer sabia da existência do país que vai viajar. Entretanto, reconhece e agradece as oportunidades proporcionadas pelo esporte.
“Eu não conhecia Bahrein, nem pelo nome. Estou ansiosa para estar lá. E vou estar lá por causa do wrestling. Ele me ensinou o que é disciplina, respeito, humildade. Me apresentou novos horizontes. Procuro evoluir para que, no futuro, eu seja uma mulher forte e independente, para enfrentar as lutas da vida”, finalizou a atleta.