Manaus (AM) – Em comemoração ao “Agosto Dourado”, campanha de conscientização sobre a importância da amamentação, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) destaca o trabalho realizado pelos três Bancos de Leite Humano (BLHs) da rede pública, em Manaus. Instalados nas maternidades Ana Braga, Azilda Marreiro e Balbina Mestrinho, os BLHs coletaram, de janeiro a junho deste ano, 1.568 litros de leite materno, beneficiando 2.317 crianças prematuras. No mesmo período do ano passado, coletaram 1.461 litros.
Os bancos são responsáveis pela coleta, processamento e distribuição do leite materno no Estado, atuando em rede com mais 14 postos na capital e interior. A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, ressalta que a doação de leite é um gesto que faz a diferença para os recém-nascidos prematuros e bebês de baixo peso que se encontram internados nas Unidades de Terapia Intensivas Neonatais (Utins). No primeiro semestre, disse ela, os bancos contaram com a colaboração de 303 doadoras.
“O Amazonas possui uma das maiores redes de doação de leite materno da região Norte. O leite humano é considerado o alimento mais completo para o recém-nascido e a melhor forma de garantir o bom crescimento e desenvolvimento dos bebês, por isso a importância da doação e dos trabalhos desenvolvidos pelas equipes dos três BLHs, que possibilitam atender à demanda do Estado”, destaca Maksoud.
As maternidades Ana Braga, Azilda Marreiro – onde funciona o BLH da Galileia, e Balbina Mestrinho – BLH Fesinha Anzoategui, estão localizadas nas zonas Leste, Norte e Sul de Manaus, respectivamente.
Atendimentos
Referência no Estado, a coordenação do BLH da maternidade Ana Braga, explica que, após a coleta, o leite é analisado em laboratório, passa pelo processo de pasteurização e controle da qualidade. De acordo com a enfermeira Elizabeth Hardman, que coordena o setor, o trabalho de sensibilização para doação de leite inicia ainda durante o pré-natal da gestante.
A coordenadora ressalta que, para uma mulher se tornar doadora, precisa estar em boas condições de saúde, ter excesso de leite, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente. “Além das equipes realizarem os trabalhos dentro das maternidades, as mulheres que estejam dentro dos protocolos para doação, devem procurar um dos bancos de leite para fazer o cadastro. A gente faz a análise e uma vez na semana realizamos o resgate do material, para dar encaminhamento aos processos para a doação de leite humano”, detalhou.
Além dos três BLHs, Elizabeth Hardman destaca que a rede estadual de saúde conta com mais 14 postos de coleta, na capital e interior. “Nós abastecemos toda rede de saúde. Onde tem um bebê prematuro ou de baixo peso a gente consegue atender. Qualquer município que queira ter um posto de coleta, pode entrar em contato, que fazemos todos os trâmites de treinamento de equipe e regulação junto ao Ministério da Saúde”, pontuou.
Doadora
A dona de casa Cleia Araújo de Oliveira, de 23 anos, é uma das doadoras do BLH da maternidade Ana Braga. Em um gesto de generosidade, a jovem, que acompanha o filho recém-nascido que está internado na Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (UCIN) da unidade, observa que, ao invés de desperdiçar o leite que produz, decidiu doar para outras crianças se alimentarem. “Eu produzo muito leite e acho bom doar. Assim como eu quero que meu filho seja alimentado, outras mães querem ver os seus filhos também, mas não produzem leite. Se a gente tem, devemos, sim, ajudar”, disse a jovem.
Como doar?
Para doar, basta entrar em contato com qualquer um dos três Bancos de Leite do Amazonas e obter todas as orientações: BLH da Maternidade Ana Braga, no (92) 98197-1550; BLH Galileia, na Maternidade Azilda Marreiro, nos números (92) 3643-5523 e 99170-5783; e o BLH Fesinha Anzoategui, na Maternidade Balbina Mestrinho, no número (92) 99339-0130.