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Brasil goleia Bolívia e Neymar rompe marca de Pelé

“Príncipe” perde pênalti, toma cartão amarelo, quase faz gol de Pelé, mas balança a rede duas vezes, chega a 79 com a amarelinha e supera o Rei no quesito artilharia. Pontas Rodrygo e Raphinha brilham

Belém (PA) – Quem é Rei, às vezes perde, sim, a majestade. Pelé que estais nos céus, santificado seja o teu nome, mas Neymar é o novo artilheiro da Seleção. Na noite de sexta-feira (8/9), o camisa 10 perdeu pênalti, recebeu cartão amarelo, quase fez gol de Edson Arantes do Nascimento, mas deixou o dele duas vezes na rede do maldito goleiro Viscarra. O vilão impediu a obra-prima da noite, não a goleada por 5 x 1 do Brasil na estreia nas Eliminatórias para a Copa de 2026 no Canadá, Estados Unidos e México. O time de Fernando Diniz inicia a caça ao hexa na liderança. Rodrygo (2) e Raphinha também marcaram.

O Brasil começou a partida como Fernando Diniz pediu. Tentou se impor em cinco minutos. Neymar cobrou uma falta da entrada da área por fora da barreira e acertou a rede pelo lado de fora. Parte da torcida gritou gol. As tramas de bola parada foram treinadas com privacidade. Em uma delas, Neymar cobrou escanteio na cabeça de Richarlison. Viscarra defendeu com facilidade.

O goleiro tomou o papel de protagonista em uma cobrança de pênalti. Houve toque na mão dentro da área da Bolívia. O árbitro Juan Gabriel Benítez acusou pênalti. Displiciente, Neymar “recuou” a bola para o Viscarra no canto direito e frustrou quem preparou a câmera do celular para registrar a quebra do recorde de gols com a camisa da Seleção. Neymar e Pelé dividem o topo com 77 cada um.

O desperdício irritou Neymar. O camisa 10 foi punido por conduta violenta ao acertar Medina no campo de ataque. Coube ao caçula da Seleção baixar a temperatura. Danilo iniciou a trama pela direita, acionou Rapninha e o ponto finalizou cruzado. Vizcarra defendeu parcialmente, mas deu azar de a bola bater no companheiro de defesa. Aos 22 anos, Rodrygo aproveitou a sobra para abrir o placar sem goleiro no Mangueirão.

Havia plasticiadade no jogo do Brasil. Dribles, ultrapassagem dos laterais, alternativas pelo meio, lances desequilibrantes como o de Neymar. O camisa 10 incorporou o amigo Messi na esquerda e foi fazendo fila atéinvadir a área e finalizar com carinho. Tanto esmero esbarrou na defesa do goleiro Viscarra, uma espécie de carrasco na noite de Neymar.

Para sorte dele, os pontas agiram como guarda-costas. Se Rorygo abriu o placar no primeiro tempo, Raphinha ampliou o marcador no segundo com uma finalização de Rui Chapéu, aquele baita jogador brasieliro de sinuca. Encaçapou a bola no canto direito de Viscarra com uma senhora precisào.

A sorte de Neymar e Richarlison no amor com a torcida paraense durante a semana e antes do jogo ao terem os nomes gritados pela torcida no anúncio da escalação virou azar no jogo. Richarlison perdeu gol incrível. Mais uma vez os pontas enraram em ação para livrá-lo do mal. Rorygo recebeu a bola de Bruno Guimarães e ampliou o placar para 3 x 0.

Com o placar dilatado, Neymar aproveitou para ajustar as contas com o goleiro da Bolívia. Balançou as redes duas vezes e finalmente quebrou o recorde de Pelé. Ambos estavam empatados com 77 gols. O camisa 10 foi a 79 nas contas da Fifa. As estatísticas da CBF consideram 95. Ábrego ainda fez o gol de honra, mas a noite era da torcida paraense. 

Merecida depois de exalar paixão pelo futebol, pela Seleção, por Neymar, o novo dono dono do trono de artilheiros canarinhos.

Fonte: Correio Braziliense 

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