Caso Davi Lucas: pai e madrasta são julgados nesta terça-feira (10) por tortura e agressões contra a criança

(Foto: Reprodução)

Manaus (AM) – Clayton Augusto Souza do Carmo e Beatriz Rodrigues Matos, pai e madrasta do menino Davi Lucas, serão julgados nesta terça-feira (10) pelo crime de maus-tratos e tortura. O julgamento ocorrerá no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, em Manaus. O caso ganhou grande repercussão após as agressões que deixaram a criança em estado vegetativo desde junho de 2022.

Após o crime, o casal fugiu, sendo preso em um ramal próximo à rodovia AM-070, em Iranduba (a 27 km de Manaus).

Investigação e crime

O caso foi inicialmente investigado em maio de 2022, quando a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) recebeu um Boletim de Ocorrência informando sobre os maus-tratos. A mãe de Davi revelou que ele contou sobre agressões, incluindo a madrasta pisando em sua barriga e batendo com cinto e ripa. Essas agressões aconteciam, conforme relato da criança, enquanto o pai estava ausente.

Em junho de 2022, Davi retornou à casa do pai para mais alguns dias. Nesse período, ele engoliu uma moeda, o que causou sangramentos. O pai omitiu o fato da mãe e não devolveu a criança na data prevista. Dias depois, o menino desmaiou e foi levado ao hospital já em parada cardiorrespiratória. A madrasta informou que ele havia caído, mas a demora para buscar ajuda médica contribuiu para as graves sequelas de Davi, que precisou ser reanimado e entubado na UTI.

Em 14 de junho de 2022, um novo Boletim de Ocorrência foi registrado, informando a demora no atendimento e que Davi estava sozinho com a madrasta. Ele apresentava hematomas em várias partes do corpo e sinais de violência. Durante a investigação, outro menino, irmão de Davi, relatou que presenciou as agressões e também sofria maus-tratos.

Com base nos relatos e evidências, a Justiça expediu mandados de prisão temporária contra o casal, sendo a madrasta responsabilizada pela tortura e o pai pela omissão.

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