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Caso Débora: Gil Romero confessa ter jogado o próprio filho, fruto do caso com a vítima, no rio

Suspeito retirou a criança da barriga de Débora por meio de um corte feito com uma faca de cortar pão
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — Mentor e executor do assassinato de Débora da Silva Alves, 18, Gil Romero Batista, 41, revelou, nesta quinta-feira (10/8), que retirou o bebê, fruto de um caso extraconjugal com a vítima, da barriga da jovem, já morta e carbonizada, e o jogou no meio do rio. A informação foi divulgada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), durante coletiva de imprensa, conduzida pelos delegados Ricardo Cunha e Débora Barreiros. Segundo o suspeito, a criança foi retirada da barriga de Debora na manhã do dia 30 de julho.  

“No domingo do dia 30 de julho, por volta das 6h, ele (Gil) lembrou do bebê e retornou ao local em que o corpo de Débora estava, abriu a barriga da jovem com uma faca de cortar pão, retirou a criança, já morta, a colocou dentro de um saco de estopa com alguns ferros e se dirigiu ao Porto da Ceasa, onde pegou uma voadeira rumo ao município de Careiro da Várzea”, informou o delegado da DEHS, Ricardo Cunha.

Ainda conforme o delegado, no meio do caminho, Gil jogou o saco com a criança e os ferros. “O dono da embarcação perguntou ao suspeito o que havia no saco e ele respondeu que era resto de material de construção”, informou o delegado, ao acrescentar que o acusado acreditava que se o corpo da criança fosse encontrado na barriga de Débora e um exame de DNA fosse realizado, ele, automaticamente, seria incriminado.

Ao chegar no Careiro da Várzea, Gil pegou outra embarcação e retornou a Manaus. Do porto, seguiu para casa que morava com a esposa, Ana Julia Ribeiro, e a avisou que tinha cometido uma “besteira” e precisava sumir. “Então, ele fugiu para se esconder em uma comunidade da cidade de Curuá, no Pará, onde foi preso”, informou a delegada Débora Barreiros.

Depoimento e acareação

Gil foi ouvido pela polícia ainda na noite da última quarta-feira (10), quando chegou em Manaus. O depoimento aconteceu na Delegacia Geral da Polícia Civil, onde o suspeito está preso.

Já na manhã desta quinta-feira, foi realizada uma acareação entre Gil e José Nilson, o “Nêgo”, que também teve participação no assassinato da jovem, que desapareceu e foi assassinada no dia 29 de julho. Na ocasião, os dois juntos narraram toda a cronologia do crime e também informaram o nome de um terceiro homem envolvido no caso, identificado como André Souza da Silva, que está foragido. 

Gil assegurou que a esposa, Ana Julia Ribeiro, não teve envolvimento do assassinato e na ocultação dos corpos de Debora e do bebê. Porém, a mulher está presa por, supostamente, tê-lo ajudado a fugir para o Pará.

A DEHS segue com as investigações sobre o caso, que tem como um dos próximos passos uma reunião entre delegados legistas para finalizar a parte documental de provas do crime.

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