Manaus (AM) – A enchente do Rio Madeira, a maior desde 2014, alagou trechos da BR-230 (Transamazônica), isolando municípios do sul do Amazonas e prejudicando o abastecimento de cerca de 70 mil pessoas. Em Apuí, Humaitá e Manicoré, famílias estão desalojadas, e o transporte de alimentos e medicamentos foi comprometido.
O prefeito de Apuí, Marcos Maciel, pediu apoio ao senador Eduardo Braga para viabilizar o transporte de cargas por balsas, já que a rodovia está intransitável. Uma primeira balsa chegou com 12 caminhões carregados de alimentos, remédios e água mineral, aliviando temporariamente a situação.
Emergência decretada
Desde 28 de março, Apuí está em situação de emergência devido às inundações, que interromperam o tráfego na BR-230. Apesar do decreto, a prefeitura optou por não realizar compras emergenciais, buscando soluções logísticas com o DNIT para evitar custos extras.
Impactos na saúde e educação
Pacientes graves estão sendo removidos por voos de resgate, enquanto escolas ainda não retomaram as aulas devido aos riscos de falta de energia e danos nas estradas rurais. O município já recuperou 59 pontes este ano, mas as chuvas intensas continuam afetando a infraestrutura.
O DNIT está contratando balsas para garantir o transporte de mercadorias entre Humaitá e Apuí, mas a viagem, que antes levava menos de um dia, agora dura cerca de 36 horas. A medida também busca escoar a produção local, como laticínios, evitando maiores prejuízos econômicos.