Manaus (AM) – Bruno França Candido, de 30 anos, e Emanoel de Jesus dos Santos Junior, de 23 anos, foram assassinados após tentarem cobrar uma dívida de Felipe Oder Carlos Bezerra, conforme informou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). O suspeito, que atuava como professor de artes marciais, contou com a colaboração de sua esposa, Keronlayne Duarte da Silva de Vasconcelos, para atrair as vítimas ao local do crime. O assassinato ocorreu no dia 1° de dezembro deste ano, em Iranduba, a 27 quilômetros a sudoeste de Manaus, onde os corpos foram encontrados carbonizados.
Segundo o delegado Raul Augusto Neto, da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba, Felipe não apenas ensinava artes marciais, mas também era instrutor de Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Bruno e Emanoel, que eram seus alunos, trabalhavam para ele como vigilantes. Eles estavam sem receber há cerca de quatro meses e, por isso, foram cobrar a dívida. A imagem de Bruno foi amplamente divulgada como desaparecido; ele trabalhava como segurança em um bar em Manaus, enquanto Emanoel exercia a função de vigilante.
De acordo com o delegado, no dia do crime, Felipe pediu que Keronlayne levasse Bruno a um sítio em Iranduba, onde Emanoel já se encontrava. No local, houve um desentendimento entre as vítimas e o autor, resultando na morte de Bruno, que foi atacado com golpes de artes marciais e facadas no pescoço. Emanoel tentou defender Bruno, mas também foi assassinado com uma paulada na cabeça.
Ainda segundo o delegado, após cometer os homicídios, Felipe fez uma fogueira com os corpos e os queimou por várias horas, a fim de eliminar qualquer evidência. O casal foi preso na Rodovia Estadual AM-010 e, durante o interrogatório, confessou a autoria dos crimes.
Eles responderão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Felipe também foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo com numeração suprimida.
Veja o momento da prisão:
