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Com seca, fenômeno ‘terras caídas’ obriga moradores de Manacapuru a mudar casas de lugar; veja vídeos

Foto: Reprodução

Manacapuru (AM) – O fenômeno “terras caídas” está mudando, rapidamente, o cenário em pequenas comunidades que vivem à margem dos rios, no interior do Amazonas. Moradores de uma pequena comunidade de Manacapuru, distante de Manaus 98 quilômetros, se viram obrigados a mudar de lugar. Vídeos que circulam na internet, mostram moradores carregando residências inteiras, de um local para outro, na tentativa de fugir de deslizamentos.

Os moradores da pequena comunidade Canabuoca , distante 24 quilômetros de Manacapuru decidiu mudar as casas de lugar depois de sofrer os impactos da seca severa que atinge o Amazonas este ano mas não é a primeira vez que isso acontece naquela localidade.

Segundo a Defesa Civil de Manacapuru, o fenômeno “terras caídas” vem afetando o lugar, e algumas casas já foram retiradas do local e recolocadas para a área de trás da comunidade. Não há registro de acidades no local.

Nesta quarta-feira (4), uma equipe da Defesa Civil esteve na comunidade, para prestar apoio aos moradores, além de ajuda humanitária, o órgão enviou ao local fios, que serão usados para auxiliar no transporte das casas. “Estamos caminhando todos os dias com trabalho ostensivo, preventivo e de orientação para que, através da Defesa Civil, possamos diminuir a dor e o sofrimento dessas pessoas. Sabemos que será uma grande cheia e estamos preparados’’, informou Daniel Aguiar, coordenador municipal da Defesa Civil de Manacapuru.

No interior do Amazonas, a cena é comum, em algumas comunidades, nos períodos de seca severa ou cheia extrema. Nas áreas próximas às margens dos rios, os “ribeirinhos”, constroem casas de madeira já prontas para serem transportadas, dependendo da situação. Para facilitar o transporte, os imóveis também recebem piso de madeira, e são realocados sobre assoalhos, estacas de madeira, de acordo com a seca ou cheia.

‘Terras caídas’: deslizamento engoliu outra comunidade

O fenômeno “terras caídas”, que se agravou com a seca extrema que atinge a região da Amazônia, é apontado pelas autoridades como a causa do desmoronamento de terra que fez a Comunidade Arumã, no município de Beruri, desaparecer quase completamente do mapa após um desbarrancamento causado pelo fenômeno. O acidente aconteceu no ultimo sábado (30), final de semana na comunidade que fica distante de Manaus cerca de 6 horas de barco.

Segundo os bombeiros, o barranco atingiu 45 residências e deixou outras 30 em situação de risco. Cerca de 300 pessoas foram afetadas e ficaram desabrigadas. Duas pessoas morreram, entre elas, uma criança.

Depois da notícia da vila de Arumã, os moradores da comunidade Canabuoca decidiram deslocar as casas com medo que o mesmo aconteça com as casas do local.

Seca Severa

A vazante, que afeta 200 mil pessoas no estado, tem provocado deslizamentos de terra, morte de animais e o esvaziamento de rios. De acordo com os dados constam no boletim da estiagem divulgado pelo Governo do Amazonas. Até as 17h de terça-feira (3), o estado somou 24 municípios em situação de emergência, 34 cidades em alerta, 2 em atenção e 2 em normalidade.

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