Manaus (AM) – O grupo peruano Minsur anunciou que firmou um contrato de venda da Mineração Taboca para a chinesa CNMC (China Nonferrous Mining Metal Company) pelo valor de US$ 340 milhões.
A CNMC é uma companhia chinesa com operações de metais não-ferrosos na Ásia e África. A transação está sujeita a algumas condições que não foram explicitadas pelo grupo vendedor.
A Mineração Taboca, que foi eleita como uma das Empresas do Ano do Setor Mineral 2024, na categoria Inovação e Tecnologia/Médio Porte, é o principal produtor brasileiro de estanho, opera a mina Pitinga, no município de Presidente Figueiredo (a 107 km de Manaus), onde além de estanho produz tântalo e nióbio.
Além da mina de Pitinga, no estado do Amazonas, a Taboca opera uma unidade de metalurgia em Pirapora do Bom Jesus (SP), onde processa o concentrado oriundo de Pitinga, obtendo o estanho refinado Mamoré, registrado na LME, Bolsa de Metais de Londres. As ligas FeTa e FeNb e FeNbTa (Ferro-Tântalo, Ferro–Nióbio e Ferro-Nióbio-Tântalo) são produzidas na unidade de metalurgia em Pitinga.
Em 2023, a empresa obteve uma produção de 5.386 toneladas de estanho refinado e 4.410 t de ferroligas (superando o recorde histórico de 4.008 toneladas), que geraram uma receita de US$ 256 milhões, um recuo de -3% em relação a 2022, motivado principalmente por demoras, com consequente aumento de custos, no transporte devido ao baixo caudal do rio Amazonas, por onde a empresa transporta o seu concentrado até o litoral de São Paulo e depois, por via terrestre, até Pirapora.
O Ebitda também teve forte redução, de -37% sobre o resultado de 2022 e o lucro foi de apenas US$ 4.2 milhões (-92% sobre o ano anterior).
A Mineração Taboca está presente com uma matéria completa na edição mais recente da Brasil Mineral, acesse em: https://www.brasilmineral.com.br/revista/444?p=50