Search
Close this search box.

Comunidades do Amazonas enfrentam impactos da pior seca no Rio Solimões

(Foto: Reprodução/Internet)

Manaus (AM) – A população do Amazonas enfrenta os severos impactos da pior seca no Rio Solimões em mais de quatro décadas, alterando drasticamente a vida em diversas cidades, incluindo Benjamin Constant, localizada no extremo oeste do estado, na fronteira com o Peru.

Dependente dos rios para o transporte de mercadorias e pessoas, a cidade vê o nível das águas baixar a patamares críticos, tornando a navegação praticamente impossível. Nas áreas ribeirinhas, os moradores recorrem ao uso de enxadas para tentar abrir passagem entre bancos de areia, que continuam a se expandir, dificultando ainda mais a movimentação das pequenas canoas, única forma de deslocamento em várias localidades.

A principal rota de acesso a Benjamin Constant, via Rio Solimões, geralmente enfrenta dificuldades durante o período de vazante, mas desta vez o fenômeno começou muito antes. Já em julho, a navegação se tornou inviável devido ao desaparecimento prematuro das águas. De acordo com a Defesa Civil do município, ainda não há previsão de quando o nível do rio voltará a subir, agravando o cenário de isolamento.

O outro canal navegável do Solimões, que ainda mantém algum nível de tráfego, também está sob risco de secar. Caso isso aconteça, a cidade ficará completamente isolada de Tabatinga, o principal centro econômico da região. Com a seca, os custos de transporte e produtos essenciais já aumentaram significativamente, afetando mais de um terço da população local.

A crise não é exclusiva do Amazonas. Em Rio Branco, no estado vizinho do Acre, o Rio Acre atingiu 1,27 metros, o menor nível registrado em 2024. A situação é alarmante, e se o nível baixar mais dois centímetros, será o menor já registrado na história.

Com o agravamento da seca, as comunidades amazônicas enfrentam desafios crescentes de abastecimento, transporte e sobrevivência em um cenário de incerteza climática sem precedentes.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *