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Confusão marca retirada de indígenas da comunidade Nova União 2, em Manaus; veja vídeos

No local há quatro dias, os moradores da comunidade alegam que já entraram com pedido de posse do terreno que, supostamente, pertence a uma construtora
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — O clima foi tenso na comunidade Nova União 2, localizada na rua 7 de Maio, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, na tarde desta quinta-feira (17/8). Aproximadamente 300 indígenas que ocupam o local há quatro dias começaram a ser retirados à força e, em meio à confusão, do terreno, que pertence à Construtora Capital, segundo denúncias recebidas pelo Minuto a Minuto 1.

De acordo com uma indígena que preferiu não se identificar, os moradores da área já entraram com pedido de posse do terreno junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM). Ela também alega que, durante o processo de ocupação, conversaram com os seguranças do local de forma pacífica. “Porém, de quarta-feira para quinta-feira, eles (os seguranças) mudaram de comportamento conosco”, comentou.

Ainda segundo a indígena, algumas pesssoas já foram agredidas por funcionários da construtora durante a ação.  “Eles estão com retroescavadeira na área, derrubando nossos pertences e nos ameaçando. Algumas pessoas, inclusive, foram agredidas”, disse a mulher, ao informar que policiais militares também estiveram no local. “Os PMs também agiram com violência”, completou. 

Outro morador, que também preferiu não se identificar, ressaltou que o terreno estava ocioso antes da ocupação. “Nada funcionava aqui. Nós limpamos tudo, erguemos algumas moradias e, agora, querem destruir as nossas coisas. Querem nos tirar à força”, lamentou.

Posicionamentos

Entramos em contato com a Construtora Capital por meio do número 08008925009 e telefone de final 1401, mas não tivemos retorno. Por e-mail, entramos contatamos o TJAM para obtermos informações sobre o pedido de posse dos moradores da comunidade e estamos no aguardo da resposta.

Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) confirmou que, na última quarta-feira (16/8), policiais estiveram na comunidade e que vai abrir uma sindicância para apurar os possíveis excessos em relação ao emprego da força policial na ação.

Também contatamos a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) que informou, ainda, não ter recebido nenhum registro ou denúncia sobre a situação na comunidade.

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