Itapiranga (AM) – A instalação da empresa Eneva S.A., responsável por operações de exploração de gás natural na região, tem provocado sérios reflexos nas cidades de Itapiranga e Silves, no interior do Amazonas.
Segundo o Ministério Público do Estado (MPAM), após o início das atividades da empresa, houve aumento da criminalidade, sobrecarga nos serviços públicos e agravamento da precariedade no sistema de segurança, que já era deficiente antes da chegada do empreendimento.
De acordo com a promotora de Justiça de Itapiranga, Adriana Monteiro Espinheira, a presença da Eneva elevou a demanda por segurança, saúde e infraestrutura urbana, sem que houvesse contrapartida proporcional por parte da empresa.
“É inegável que a operação da Eneva S.A. provocou sobrecarga de infraestruturas públicas nos municípios, sobretudo na área da segurança pública. Grandes empreendimentos também devem se responsabilizar pelos impactos causados à comunidade”, afirmou a promotora.
Em resposta, o MP propôs um Termo de Cooperação entre a empresa, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e o próprio MPAM, que prevê medidas urgentes como:
- Doação de câmeras de vigilância, drones, embarcações e veículos
- Construção e reforma de unidades policiais
- Hospedagem para policiais militares em Itapiranga e Silves
A Eneva tem prazo de dez dias úteis para apresentar um cronograma de providências e demonstrar seu compromisso com a função social e com o bem-estar das populações impactadas.