Belo Horizonte (MG) – Cruzeiro e Vasco parecem fadados a brigar contra o rebaixamento no Brasileirão até a rodada final. Nesta quarta-feira (22/11), as equipes se enfrentaram no Mineirão vazio sob obrigação da vitória para ganhar um respiro na tabela. Um triunfo significaria abrir cinco pontos do Bahia, primeiro na degola, mas o empate por 2 a 2 acabou sendo ruim para ambos.
Depois de sair atrás no marcador, o Cruzeiro buscou a virada ainda na primeira etapa. Contudo, acabou cedendo a igualdade já na parte final do jogo. Nos acréscimos, ainda viu Wesley perder chance de ouro na pequena área. Além do tropeço, o Vasco lamentou ter dois gols de Vegetti anulados, ambos com auxílio do VAR e impedimentos corretamente anotados.
Apesar da igualdade fora dos planos, as equipes ampliaram a distância para o Bahia, agora para três pontos, com vascaínos em 15º e cruzeirenses em 16º. No domingo, o time mineiro encara o também ameaçado Goiás, fora de casa, enquanto os cariocas visitam o Athletico-PR no sábado.
Promovidos à elite, Vasco e Cruzeiro se planejaram para um ano complicado, mas sem sustos no Brasileirão. E até largaram bem. Mas os resultados desapareceram e as grandes equipes de Minas e Rio entraram em campo nesta quarta-feira sob pressão. Juntas com 40 pontos, tinham de ganhar no vazio Mineirão para ganhar um respiro na tabela, na luta contra a queda.
Punido por causa de briga de seus torcedores em Curitiba e, portanto, sem direito à público, o Cruzeiro ainda ganhou problemas de última hora para a ‘decisão’. O clube anunciou que perdeu duas peças importantes para a partida: o volante Matheus Jussa, com lesão muscular na coxa direita, e o meia-atacante Nikão, com febre. O time já não tinha Lucas Silva, fora por contusão no joelho.
Depois de figurar na rabeira da classificação, o Vasco não tinha o lateral-direito Paulo Henrique, suspenso, mas queria embalar após vitória contra o América-MG nos acréscimos que trouxe momentâneo respiro com saída da zona de rebaixamento.
E até abriu o marcador cedo. Aos 10 minutos, cobrança de escanteio, Maicon cabeceou e Vegetti mandou às redes. O artilheiro argentino estava impedido e lamentou a posição avançada. Logo depois, em contragolpe, viu o zagueiro cortar de calcanhar bola que o deixaria livre para marcar.
O melhor início vascaíno acabou compensado aos 15. Puma Rodríguez ganhou disputa com Leandro Castán e mandou um forte chute, no ângulo, surpreendendo o goleiro Rafael Cabral. O lance irritou Paulo Autuori que berrou com o time, com um “vamos” seguido por um palavrão.
A irritação do experiente treinador na beira do campo era refletida pela equipe. O Cruzeiro não se acertava, pouco ameaçava o goleiro Léo Jardim, dava espaços e demonstrava enorme desespero e nervosismo, mesmo com muito tempo por jogar pela frente. Um chute de Machado bem distante do gol traduzia o quão perdido e em dificuldades estava os mandantes.
Até então tranquilo em campo, o Vasco deu moleza em um lance individual e pagou caro. Arthur Gomes recebeu de Leandro Castán e arrancou em velocidade, ninguém deu o bote e o atacante bateu forte para empatar ainda na etapa inicial. O leve desvio em Medel atrapalhou Léo Jardim.
O empate que era ruim ficou ainda pior para os cariocas quando Rossi bateu o braço na bola dentro da área e o VAR sugeriu o pênalti. Bruno Rodrigues bateu forte e virou no último lance da etapa.
CRUZEIRO E VASCO EMPATADOS
Depois de começar bem, o Vasco voltou do intervalo sob pressão após duas bobagens e uma virada fora dos planos. Ramón Díaz deu voto de confiança aos titulares, mas sem notar reação, mudou logo três com somente 11 minutos para “acordar” o time. Payet estava entre as novidades – o francês definiu os 2 a 1 sobre o América-MG na rodada passada.
O francês não anotou, mas foi vital na busca do empate. Ele cobrou o escanteio na cabeça de Sebastian, outra novidade de Ramón Díaz, que serviu Gabriel Pec. O atacante bateu forte para deixar tudo igual aos 31 minutos. Mesmo com pedido de atenção “no segundo pau” do banco de reservas, os defensores do Cruzeiro bobearam.
Autor do pênalti infantil no primeiro tempo, o atacante Rossi ainda levou o cartão vermelho no banco, por reclamação, se tornando desfalque de Ramón Díaz para a partida de Curitiba. Vegetti teve seu segundo jogo anulado aos 43, desta vez por impedimento de Sebastian na origem do lance.
Com busca pela vitória até o minuto final, o Cruzeiro viu Wesley desperdiçar uma chance incrível aos 49. Japa tocou e o atacante, sozinho, falhou no domínio na pequena área, em lance que não pode ser desperdiçado. O jogador terminou o jogo sentado no gramado, cabisbaixo, lamentando a falha.
Fonte: Futebol Interior