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Declaração de Belém será plano de desenvolvimento sustentável na Amazônia

As ações estabelecidas no documento deverão ser adotadas por chefes de Estado dos países amazônicos
Foto: Ricardo Stuckert/PR Foto: Ricardo Stuckert/PR

Belém (PA) — A Declaração de Belém que será adotada pelos chefes de Estado dos países amazônicos será um plano de ação detalhado e abrangente para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (8), durante discurso na Cúpula da Amazônia, em Belém. No evento, o presidente disse, também, que as soluções passam pela ciência e pelos saberes produzidos na região.

“A declaração presidencial desta cúpula mostra que o que começamos em Letícia e agora consolidamos em Belém não é apenas uma mensagem política. É um plano de ação detalhado e abrangente para o desenvolvimento sustentável na Amazônia”, destacou.

Lula pontuou, ainda, que Amazônia não é e não pode ser tratada como um grande depósito de riquezas, mas, sim, como uma incubadora de conhecimentos e tecnologias. “Aqui podem estar soluções para inúmeros problemas da humanidade – da cura de doenças ao comércio mais sustentável. A floresta não é um vazio a ser ocupado, nem um tesouro a ser saqueado. É um canteiro de possibilidades que precisa ser cultivado”, acrescentou o presidente”, observou.

Combate ao desmatamento

Na Cúpula da Amazônia, o Governo Federal informou estar comprometido em zerar o desmatamento até 2030 e, para isso, aposta em uma transição econômica para a região, baseada na industrialização e infraestrutura verdes, na sociobioeconomia e nas energias renováveis. Fomento à restauração de áreas degradadas e à produção de alimentos, com base na agricultura familiar e nas comunidades tradicionais, também estão entre as prioridades da atual administração do país.

Ainda segundo o governo, na área de segurança, será estabelecido, em Manaus, um centro de cooperação policial internacional para enfrentar os crimes que afetam a região. O novo plano de segurança para a Amazônia vai criar 34 novas bases fluviais e terrestres, com a presença constante de forças federais e estaduais, além do apoio das Forças Armadas na faixa de fronteira. No futuro será criado um sistema integrado de controle de tráfego aéreo na região amazônica.

Participantes

A Cúpula da Amazônia reúne os países da OTCA, organização criada em 1978, que estava há 14 anos sem uma reunião. Formada por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, a OTCA forma o único bloco socioambiental da América Latina. O governo brasileiro convidou para Cúpula a Guiana Francesa, que não está na OTCA, mas detém territórios amazônicos, além da Indonésia, da República do Congo e da República Democrática do Congo, países com grandes florestas tropicais ainda em pé.

Fonte: Agência Brasil

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