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Deputados estaduais propõem diálogo entre governo e trabalhadores em educação do AM

Parlamentares questionaram decisão do governo de estabelecer o reajuste dos profissionais da educação em 8%, após recuar da proposta de 15,19%

Manaus (AM) – A necessidade de retomada do diálogo entre o governo e os professores das escolas públicas estaduais foi enfatizada pelos deputados durante a Sessão Plenária, desta quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Os deputados questionaram a decisão do governo de enviar à Casa o Projeto de Lei (PL) nº 547/2023, oriundo da Mensagem Governamental (MG) nº 041/2023, estabelecendo o reajuste salarial dos profissionais da educação em 8%, após recuar da proposta de 15,19%. A reivindicação inicial dos trabalhadores era de 25%.

Líder do Governo na Aleam, o deputado Felipe Souza (Patriota), afirmou que na reunião realizada no último dia 31 de maio, na sede do governo, entre os representantes dos educadores e do Executivo, a proposta de reajuste de 15,19%, a ser paga de forma escalonada sendo 8% pagos imediatamente, 3% em outubro deste ano, e 4,19% em maio de 2024, em nenhum momento teria sido aceita pelos professores.

“Não eram todos, mas alguns dos representantes da categoria não estavam ali com propósito de buscar um reajuste salarial, apenas queriam usar os professores como massa de manobra política”, afirmou Felipe Souza, justificando a decisão do governo em enviar para análise da Assembleia Legislativa a proposta de 8%.

Os deputados Comandante Dan (PSC), Wilker Barreto (Cidadania), George Lins (União Brasil), Rozenha (PMB) e João Luiz (Republicanos) também se manifestaram e foram unânimes em pedir a retomada da mesa de negociações. Rozenha, que estava presente ao encontro na sede do governo, declarou considerar justo o pleito dos professores, mas criticou a intransigência da liderança dos nas negociações.

“Numa negociação é preciso que as duas partes saibam ceder, consigam recuar com o objetivo de chegar a um acordo”, disse Rozenha.

Os deputados Wilker Barreto e Comandante Dan reforçaram questionamentos sobre a postura do Executivo estadual durante as conversas. “Acredito que existe um ruído na comunicação, porque a partir do conhecimento que tenho, me mantenho contrário à proposta do governo da maneira que está”, afirmou Dan, relatando que participou de uma reunião na Comissão de Educação da Aleam, onde os 8% eram o ponto de partida, com encaminhamento para parcelamento da diferença de reajuste a ser debatida em mais outros encontros a serem agendados.

O deputado Wilker Barreto contestou a alegação de que os representantes dos trabalhadores agem com intenções políticas. “É preciso parar de querer diminuir o sindicato dos professores por supostamente ter um viés político, porque isso não é o caso”, disse Barreto, destacando que o estado de greve só foi deflagrado 70 dias depois da primeira reunião para tratar o reajuste salarial, com intermédio da Casa Legislativa. Para o deputado, a decisão do governo em buscar o Poder Judiciário para impedir a realização da greve mostra a falta de vontade de conversar e cumprir o acordado em reunião com a categoria.

O presidente a Casa Legislativa, deputado Roberto Cidade (União Brasil) chamou os parlamentares para uma reunião, após a Sessão Ordinária, com o objetivo de construir diálogo entre os professores e o governo.

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