Manaus (AM) — O delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Guilherme Torres, e do diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Rodrigo de Sá, tiveram fotos e nomes utilizados em aplicação de golpes e supostas vendas de veículos realizados estado do Amapá. Ente os que utilizavam os nomes das autoridades estavam detentos do Instituo de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), conforme identificado na Operação Loki, deflagrada nesta quinta-feira (15/2).
Durante a operação, foram realizados 13 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Nas buscas realizadas no Iapen, foram encontrados chips, que eram utilizados na aplicação dos golpes via rede social. “Eles (detentos) alegram que a ação não estava mais sendo mais praticada, que não tinham conhecimento de as vítimas eram autoridades e que foram escolhidas de forma aleatória”, disse o titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), Antônio Rondon.
Ainda de acordo com Rondon, a investigação começou ainda no ano passado e identificou mais de 11 vítimas no estado do Mato Grosso do Sul. “Um perfil ‘fake’ nas redes sociais comercializava veículos utilizando a imagem do delegado-geral adjunto . Começamos a investigação pelo crime de falsa identidade, que culminou em estelionato virtual após localizarmos as vítimas. Identificamos que boa parte das pessoas que estavam praticando o estelionato estavam cumprindo pena no sistema penitenciário do Amapá”, detalhou.
A partir das identificações, segundo o delegado da Dercc, foram representados os mandados de prisão dos investigados e de busca e apreensão em mais 13 endereços diferentes, de suspeitos de participarem do crime, tendo, muitos deles, recebido dinheiro, via PIX, provenientes da atividade criminosa.
A ação policial ocorreu de forma simultânea nos municípios de Macapá, Laranjal do Jari e Santana e contou com o apoio da DECCP, da CORE, da DECIPE, da DRACO, da DR-CCIBER, da 7ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, da 1ª Delegacia de Laranjal do Jari, da Delegacia de Polícia de Pracuúba, bem como da Delegacia de Crimes Cibernéticos e do Departamento de Inteligência da Polícia Judiciária (DIPJ/AM), ambos da Polícia Civil do Amazonas.