Manaus (AM) – A rodovia BR-319, que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO), sempre foi um eixo de transporte estratégico, mas a seca severa que atinge o Amazonas em 2024 tem agravado os problemas históricos da rodovia.
O baixo nível dos rios e a limitação de balsas para travessia aumentaram as filas de caminhões há mais de duas semanas, elevando o risco de desabastecimento na capital e nas regiões próximas. Para enfrentar o cenário, autoridades têm implementado uma série de medidas emergenciais.
Entre as ações, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) autorizou a construção de uma ponte provisória sobre o rio Igapó-Açu, no km 260 da rodovia, que teve a travessia prejudicada pela estiagem.
Outra medida anunciada, é de que caminhões que transportam frutas e verduras para o porto da Ceasa estão liberados para atravessar 24 horas, atendendo o pedido de feirantes que dependem do pleno funcionamento da atividade.
No último sábado (12/10), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) anunciou medidas emergenciais, permitindo que mais duas balsas operem na travessia Manaus – Careiro da Várzea.
Além disso, foi suspensa a regra que limitava a entrada de novas empresas para operar na rota, facilitando o ingresso de outras companhias que possam contribuir com a demanda elevada de transporte.
Desabastecimento
As filas de caminhões chegaram a quatro quilômetros no dia 8 de outubro e o transporte de mercadorias ficou ameaçado. A paralização de caminhões No município de Careiro, a 30 km de Manaus, comerciantes relatam escassez de produtos básicos, como alimentos e água mineral. A população local já sente os efeitos do desabastecimento, com prateleiras vazias e o aumento dos preços de itens essenciais.