Em homenagem ao Dia do Acadêmico de Direito, celebrado em 19 de maio, o professor, advogado, historiador e coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas da Faculdade Martha Falcão Wyden, Prof. MsC. Nyelsen Beckman, concedeu entrevista à TV Onda Digital, em Manaus (AM). A conversa teve como foco a importância da formação jurídica crítica e o papel do estudante de Direito como agente de transformação social.
Durante a entrevista, o professor destacou que, embora a data ainda não seja oficializada por norma federal, ela é amplamente reconhecida no meio acadêmico e jurídico como símbolo da valorização do estudante de Direito — protagonista da construção do pensamento crítico, da defesa dos direitos fundamentais e do debate democrático.
Beckman relembrou que a palavra “acadêmico” remonta à Grécia Antiga, ao bosque consagrado à deusa Atena onde Platão fundou sua escola de filosofia. Esse espaço, chamado Akadémia, tornou-se símbolo de reflexão, formação e investigação — elementos que ainda hoje moldam o verdadeiro espírito acadêmico e norteiam a missão do ensino jurídico.
Embora o Dia do Advogado seja comemorado oficialmente em 11 de agosto — data da criação dos primeiros cursos jurídicos no Brasil, em 1827 —, o mês de maio ganhou destaque nas universidades por ser marcado por intensas atividades acadêmicas, como júris simulados, debates, projetos interdisciplinares e pesquisas. Isso fez da época um momento propício para homenagens àqueles que se dedicam à formação em Direito.
Atualmente, o Brasil lidera o ranking mundial em número de cursos jurídicos, com mais de 1.900 graduações em funcionamento. Em Manaus, cerca de dez instituições de ensino superior ofertam a formação em Direito, o que reforça sua relevância social e educacional.
Segundo Beckman, celebrar o Dia do Acadêmico de Direito é reafirmar o compromisso com uma educação jurídica ética, crítica e transformadora:
“O estudante precisa compreender que o Direito não nasce no fórum, mas sim na sala de aula, nas rodas de conversa, nos grupos de estudo e nos núcleos de prática jurídica. É nesses espaços que se debate justiça, cidadania e inclusão.”
O professor também alertou para os desafios contemporâneos enfrentados pelos futuros juristas: as transformações digitais, as mudanças legislativas, os dilemas éticos e as novas formas de exclusão social. Enfrentar esses temas exige uma formação que combine teoria e prática, rigor técnico e consciência humanista.
Ao final, Beckman deixou uma mensagem aos acadêmicos de Direito:
“Estudem com paixão, questionem com coragem, resistam à banalização do saber jurídico e mantenham viva a chama da ética e da justiça. O futuro do Direito não está apenas nos tribunais, mas nas ideias e atitudes que vocês escolhem cultivar desde já.”