Manaus (AM) – Neste domingo (16/3), às 20h, tem sessão extra do espetáculo “Sebastião”, do Ateliê 23, no Teatro Amazonas, no Centro. A primeira apresentação da obra no palco do principal patrimônio histórico do estado marca o lançamento do single “Toda La Noche” nas plataformas digitais.
Os ingressos estão disponíveis por R$ 80 (plateia e lugar nas frisas), R$ 60 (1º pavimento), R$ 50 (2º pavimento), R$ 40 (terceiro pavimento), no perfil da companhia no Instagram (@atelie23), no site shopingressos.com.br e nas Óticas Diniz. Pessoas com deficiência têm acesso gratuito e estudantes, idosos e acompanhantes de PcDs pagam meia-entrada, conforme lei estadual. Os assentos de frisas e camarotes são por ordem de chegada.
“Com quase todos os ingressos da primeira sessão, às 18h, esgotados, abrimos uma segunda sessão para todos que querem assistir a essa obra”, afirma Taciano Soares, diretor do Ateliê 23 e também do espetáculo, ao lado de Eric Lima.
O espetáculo é inspirado no livro “Um Bar Chamado Patrícia”, do estilista Bosco Fonseca, traz números musicais de sete drag queens, experiências dos atores e diferentes tipos de violência vivenciados pela comunidade LGBTQIAPN+. A peça é uma referência a São Sebastião e narra outra versão da história do santo para que ele tenha se tornadomártir gay contemporâneo, como afirma o historiador Richard Kaye.
“O que me fascina em ‘Sebastião’ e no desdobramento que culmina em sua apresentação no Teatro Amazonas é a força do processo criativo do Ateliê 23”, comenta o ator Francis Madson, intérprete da Chica.
“É a inventividade do ator em cena, essa capacidade de criar universos, questionar o próprio mundo e dar vida a outros. O segundo elemento é a resposta do público, o encantamento que transforma a experiência teatral em algo vivo e irrepetível. É pura imaginação, pura fabulação. Sem isso, seria impossível viver”, detalha o artista.
Processo criativo
Francis Madson conta que, desde de junho do ano passado, quando iniciaram os ensaios, até a estreia em novembro, foram meses intensos de criação, pesquisa e inventividade. Ele pontua que, depois da primeira semana em cartaz em Manaus, o elenco seguiu para o Cena Contemporânea de Brasília, participou da temporada de fim de ano da companhia e, agora, abriu o calendário do Ateliê 23, consolidando essa trajetória com o convite do Festival de Curitiba.
“Sem dúvida, essa conquista não é apenas um marco histórico para a companhia, mas para toda a cena teatral amazonense e com expressivo impacto para a produção da região Norte”, avalia o ator.
“Esse feito simboliza um movimento maior, a crescente abertura dos festivais nacionais para a nossa produção, incluindo o teatro feito na Amazônia em suas programações. Mas, mais do que isso, representa a continuidade de um compromisso de longo prazo com a cena teatral de Manaus”, completa Francis Madson.