Manaus (AM) – A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus iniciou, nesta quinta-feira (7/11), a audiência de instrução na Ação Penal do assassinato do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães. Apontando como mandante do crime, o proprietário da rede de supermercados Vitória, o empresário Joabson Agostinho Gomes, e é um dos seis réus no processo.
Além do empresário, são réus Silas Ferreira da Silva,, Romário Vinente Bentes, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos, Kayandra Pereira Castro e Kamylly Tavares da Silva.
O crime ocorreu em setembro de 2021, em uma cafeteria de propriedade de Lucas, localizada no bairro Praça 14 de Janeiro. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem entrou no estabelecimento e executou o militar, fugindo em seguida, dirigindo uma motocicleta.
Os réus são acusados do crime de homicídio qualificado (praticado por motivo torpe, com uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), a motivação do crime seria um relacionamento extraconjugal entre o sargento (que era casado) e a mulher de um dos acusados, Joabson Agostinho Gomes, apontado na denúncia como mandante da morte de Lucas.
A audiência, realizada no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, está sendo presidida pelo juiz de direito titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Fábio Lopes Alfaia.
Os promotores de justiça Rômulo Barbosa e Lilian Nara Pinheiro de Almeida estão trabalhando na acusação.
Entre assistentes de acusação e defesa, 15 advogados estão presentes na audiência, que está sendo realizada no formato híbrido (parte por videoconferência e parte presencial).
A primeira testemunha a ser ouvida foi a esposa da vítima com início às 9h45. Pelo número de testemunhas e réus a tendência é que a audiência se estenda até esta sexta-feira (8/11).
Pela ordem, serão ouvidas as testemunhas apontadas pelo Ministério Público e, em seguida, aquelas arroladas pela defesa. A previsão é ouvir todas as testemunhas neste primeiro dia de audiência, ficando o interrogatório dos réus para o dia seguinte.