Manaus (AM) – Gilvan Oliveira dos Reis e Lucas Rodrigues Printes foram condenados a mais de 19 anos de prisão, cada um, pela morte de Rodrigo Nascimento Monteiro, ocorrida em 24 de dezembro de 2019, na comunidade Valparaíso, na zona Leste de Manaus. O julgamento dos dois réus foi realizado pela 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, na terça-feira (7/11).
Presidido pela juíza de Direito Roseane do Vale Cavalcante Jacinto, o júri da Ação Penal teve como representante do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), o promotor de justiça Vivaldo Castro de Souza. O réu Gilvan teve em sua defesa a advogada nomeada dativa (honorários pagos pelo Estado) Maria Fernanda Aguiar Amazonas. O advogado Yury Croiff dos Santos Thury atuou na defesa de Lucas.
Gilvan e Lucas foram denunciados pelo MPAM e pronunciados pela Justiça pelo crime de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Segundo o MPAM, a vítima foi morta por pertencer a uma facção criminosa rival à dos envolvidos no homicídio.
Na fase de instrução processual, Gilvan manteve-se em silêncio. Lucas Printes negou a autoria do crime. Gilvan está preso e participou do julgamento presencialmente. Diferentemente da etapa de instrução, ele negou participação no crime. Lucas Printes foi interrogado por videoconferência e mais uma vez negou sua participação na morte de Rodrigo Nascimento Monteiro.
Após os debates, em que a defesa dos réus trabalharam na tese da negativa de autoria, com o MP pedindo a condenação de acordo com os termos da denúncia, o Conselho de Sentença votou pela condenação, acolhendo a tese do MP. Com a condenação, os dois réus receberam uma pena de 19 anos e três meses de prisão.
Da sentença, cabe apelação. Gilvan, que está preso, não obteve o benefício de recorrer da sentença em liberdade. Lucas teve expedido mandado de prisão.
Crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Gilvan, Lucas e mais dois indivíduos não identificados, foram até a casa de Rodrigo e, ao desembarcar do veículo em que chegaram ao local, desferiram vários tiros contra a vítima, que, ferida, foi levada ao hospital e pronto-socorro Platão Araújo, onde permaneceu com vida até 19 de janeiro do ano seguinte, data em que morreu em decorrência dos ferimentos. Consta dos autos que, antes da morte, Rodrigo avisou ao irmão quem seria o autor dos disparos.