Humaitá (AM) -Após a Polícia Federal destruir, aproximadamente, 50 dragas e equipamentos utilizados em garimpos clandestinos no rio Madeira, no sul do Amazonas, garimpeiros invadiram a cidade de Humaitá, na tarde de terça-feira (14/5), atearam fogo em pneus e ameaçaram invadir prédios públicos como retaliação à ação da polícia.
Os manifestantes ocuparam a orla da cidade, cobravam a legalidade da atividade de extração de ouro na região e protestavam contra a ação da PF.
Em meio ao caos que se instalou na cidade, com a população aterrorizada, o prefeito da cidade, Dedei Lobo (PSC), veio a público manifestar solidariedade aos garimpeiros e, em função disso, cancelou as festividades de 155 anos de Humaitá, prevista para iniciar nesta quarta-feira (15/5).
Para um grupo reunido na praça da cidade, Dedei Lobo afirmou ‘discordar das operações’ e disse que não vai mais realizar o evento.
Forças de segurança, com efetivo reduzido, foram acionadas para manter a ordem na cidade. Os garimpeiros, além de aterrorizar a sede de Humaitá, também interditaram trecho da rodovia BR-230, a Transamazônica, por cerca de 17 horas, em represália à operação da PF. Somente nesta quarta-feira (15/5) os garimpeiros puseram um fim às manifestações.
Operação
A polícia Federal em parceria com o Ibama vem realizando sucessivas operações na região para coibir o garimpo ilegal. Em fevereiro deste ano, foram inutilizadas 52 dragas e balsas empregadas exclusivamente na atividade criminosa de extração de ouro no leito do rio.