Codajás (AM) — A adolescente, 16, e mãe do menino Vinícius Gael Abreu Corrêa, 1, que morreu no último sábado (9/11), afirmou, em depoimento à polícia, que sentiu vontade de matar o filho em várias ocasiões. Ela agrediu a criança, que chegou sem vida a um hospital de Codajás, município 240 quilômetros distante de Manaus, onde o crime aconteceu.
De acordo com o delegado Paulo Mavignier, a jovem alegou que a criança chorava muito e o choro incomodava não apenas ela, mas, também o irmão e a cunhada dela, Roney Marinho de Abreu, 38, e Aparecida Pantoja Garcia, 25, respectivamente, que moravam na mesma casa na qual o crime foi cometido. O trio está preso.
“Segundo a jovem, a criança chorava muito e perturbava o sossego da casa. ela disse, ainda, que o filho aparentava ser doente e, durante o depoimento, não demonstrou qualquer ato de compaixão”, disse o delegado, ao acrescentar que, para castigar o menino, a genitora usava uma ripa na qual havia versículos bíblicos.
Mavignier pontuou que a jovem era incentivada pelo irmão e, principalmente, pela cunhada a bater em Vinícius, que chegou já sem vida em um hospital do município. “O corpo dele tinha marcas de agressão, fraturas nas costelas e braços. O ato foi uma uma violência absurda contra uma criança de apenas um ano”, destacou.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que mãe da criança foi apreendida e que Roney e Aparecida estão presos pelo crime, porém, um outro irmão da adolescente, que conseguiu fugir da residência após a chegada de policiais no local, está sendo procurado. A polícia também busca pelo pai da criança, que também deve ser ouvido na delegacia.
A jovem foi apreendida, trazida para Manaus e vai responder pelo ato infracional análogo ao crime de tortura e homicídio qualificado. Roney e Aparecida tiveram de ser transferidos para Manacapuru, uma vez que a a população, revoltada com o caso, tentou invadir a delegacia de Codajás. Ambos devem responder pelo crime de homicídio.