Manaus (AM) – Às vésperas da 30ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, as Pastorais Sociais e a Cáritas Arquidiocesana apresentaram, nesta quinta-feira (29/8), a história e as reivindicações para este ano. A organização do evento deseja reivindicar melhorias urgentes na Saúde Pública do Estado do Amazonas.
Em todo o Brasil, o Grito tem como tema “Vida em primeiro lutar” e o lema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”.
O bispo auxiliar Dom Zenildo Lima lembrou da trajetória do evento, que acontece há 30 anos, e foi fruto da primeira semana social da Igreja, que refletiu as necessidades de vida digna do povo que está à margem.
“O Grito dos Excluídos é uma grande oportunidade de expressão da caminhada das Pastorais Sociais, de todo segmento da igreja católica no Brasil, Cáritas arquidiocesanas também, e outros segmentos da sociedade organizada que pleiteiam a cidadania, o cuidado da vida, o bem comum, da contribuição dos nossos povos tradicionais e do bem viver”, destacou.
Sobre a temática escolhida para os eventos que acontecem em todo o Brasil, explicou que, em Manaus, será enfatizada a problemática da assistência à saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), no Estado do Amazonas. “Essa 30ª edição do Gritos Excluídos reflete a fragilidade das diversas formas de existência humana, pois toda a vida importa, mas dentro do que o Papa Francisco chama de ‘cultura do descartável’, o grito lança uma pergunta para saber se toda a vida importa: ‘mas quem se importa?’. A nossa opção está dentro desta lógica do Grito, que é chamar a atenção para a questão da saúde, mas, para isso, nós teremos intervenções mais direcionadas e mais qualificadas”, explicou D. Zenildo.
O bispo auxiliar de Manaus também destacou que se trata de uma iniciativa da Igreja Católica, mas que tem aspecto ecumênico, com compreensão inter-religiosa.
A comissão organizadora em Manaus escolheu realizar no dia 5 de setembro, por ser o dia da Amazônia e confere um grande enfoque para as reflexões que o Grito dos Excluídos propõe. “Em todo o Brasil o dia 7 de setembro foi escolhido para o grito dos excluídos, no dia em que se celebra um grito de independência. E essa data foi escolhida para que um outro grito se manifestasse, um grito por cidadania. Porém aqui em Manaus a nossa escolha tem algumas peculiaridades”, pontuou Dom Zenildo.