Manaus (AM) – Um jovem de 26 anos, que trabalha como influencer digital, foi preso nessa quarta-feira (26), suspeito de aliciar um adolescente de 13 anos utilizando uma rede social. A denúncia foi feita pelo pai da vítima, que flagrou uma conversa entre o filho e Jonathan, que mantinham contato pelo Instagram. Nas conversas o influencer pede imagens íntimas do adolescente em troca de dinheiro, ele chegou a pagar por uma imagem através um pix.
Na conversa, Jonathan Feitosa, de 26 anos, marcava encontro com o menor e insinuava que ele tinha que aprender a fazer sexo oral. Os prints foram todos apresentados na delegacia, pelo pai da vítima, e o influencer acabou preso. Agora, a polícia investiga se há outras vítimas do acusado.
A Polícia Civil enviou uma nota sobre a denúncia informando que o caso “foi registrado na Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), e as investigações estão em andamento ainda a fim de apurar as circunstâncias do fato. A Polícia informou ainda que mais detalhes não poderão ser repassados para não atrapalhar as investigações.
O que é aliciamento cibernético
A oferta de dinheiro para induzir, instigar ou constranger menor à prática de ato libidinoso configura o crime de aliciamento e assédio a criança, previsto na parte especial do ECA.
O aliciamento de crianças é tipificado como crime pelo artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), abarcando as seguintes condutas: aliciar, assediar, instigar ou constranger, através de: qualquer meio de comunicação, com fim de, com ela, praticar ato libidinoso.
A internet, portanto, é o principal ambiente utilizado como meio para a prática deste tipo de crime. Além disso, o grande problema da internet, e o que mais preocupa no que tange à criança como alvo de um cibercriminoso, é o fato de que o aliciamento pode ser apenas um ponto inicial para que se chegue em outra modalidade de crime.