Itacoatiara (AM) – A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) participou, ontem (18/05), de um treinamento em Novo Remanso, distrito de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), voltado para a equipe de saúde da família no município. A ação foi promovida pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em parceria com a Prefeitura Municipal de Itacoatiara.
O treinamento, realizado na Escola Municipal Petrônio Pinheiro, tem o objetivo de repassar informações para os agentes, sobre os cuidados necessários que os produtores devem ter, durante o manuseio de agrotóxicos, para que não haja danos à saúde humana.
A engenheira agrônoma da Adaf, Raiury dos Santos, que atua na Unidade Local de Novo Remanso, ministrou duas palestras para os profissionais sobre agrotóxicos e suas definições e aquisição dos agrotóxicos como compra, aplicação e descarte de embalagens. A engenheira faz parte do Grupo de Trabalho de Agrotóxicos de Novo Remanso.
“Os agentes, sendo treinados para orientar os produtores, tornam a comunicação mais facilitada. Os agricultores têm mais um reforço a respeito do uso inadequado, classificação e a exposição direta e indireta das famílias desses produtores rurais, além das boas práticas que eles devem adotar”, reforçou a engenheira.
A agente de saúde Ana Márcia Pereira, que participou do treinamento e atua no município, falou sobre a relevância de obter informações sobre as definições dos agrotóxicos.
“Nós que trabalhamos na área rural, como agente de saúde, vemos muitos produtores fazendo o uso de agrotóxicos de forma incorreta. Às vezes, chegam ao posto com sintomas de dor de cabeça, náusea, que podem ser em consequência do uso incorreto. É uma nova porta para nós, que somos agentes, explicar para o produtor sobre a importância de preservar a sua saúde”, afirmou.
A bióloga Raiane Souza, da FVS-RCP, destacou que o treinamento deve possibilitar que os agentes de saúde reconheçam situações de risco, relacionadas ao uso inadequado de agrotóxicos, e levem informação precisa às comunidades. “Espera-se que, com esse treinamento, consigam dar suporte aos produtores rurais, principalmente em comunidades mais afastadas, para reconhecer e minimizar os riscos”.