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Empresa de bikes elétricas expande mercado no Brasil com fábrica em Manaus

A partir da produção nacional, empresa Lev espera acessar regiões Norte e Nordeste

Manaus (AM) – Com um modelo de negócio inspirado no mercado de bikes elétricas da China, a carioca Lev tem aumentado sua atuação no Brasil. A empresa, que já conta com 32 lojas pelo País, pretende expandir seu alcance para mais 10 pontos de venda até dezembro. Junto com a abertura das novas lojas, a Lev também prepara o início da operação da fábrica própria de bicicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM).

A Lev, que surgiu em 2009, foi uma das primeiras experiências nacionais com modelos de bicicleta elétricas. “Quando nós trouxemos o primeiro container, já havia uma empresa por aqui que oferecia um modelo de bicicleta elétrica, mas com um produto que a gente chama de ‘white label’. Então não tinha ninguém fazendo aquilo como nós estávamos, com um modelo próprio”, explica Bruno Affonso, cofundador e sócio da empresa, ao lado do irmão Rodrigo Affonso. 

Ao longo dos 15 anos de existência, a empresa continuou expandindo seu mercado e, apenas durante o primeiro semestre de 2024, a Lev registrou um crescimento de 37,77% em relação ao mesmo período do ano passado. Até 2027, a expectativa da marca é a de crescer, pelo menos, 53,4% e chegar a 94 lojas pelo Brasil.

A primeira loja da Lev nasceu no Rio de Janeiro, na garagem da família. Hoje, a empresa está presente nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Apenas na capital paulista, a marca espera inaugurar mais duas lojas na região da Lapa e na Santa Cecília ainda este ano. 

“Também estamos entrando em fase final de montagem da nossa fábrica própria em Manaus, o que vai permitir um crescimento para a região Norte e Nordeste”, explica. De acordo com o executivo, a produção de bicicletas deve iniciar durante a primeira semana de novembro. Atualmente, as bicicletas elétricas da Lev são criadas em uma fábrica terceirizada na mesma região, com peças produzidas fora do País. 

Lojas físicas

Além do design próprio das bicicletas elétricas, a Lev também desenvolveu uma identidade autêntica em seus espaços físicos. “Nós acreditamos muito nessa questão de loja física, em nossa primeira unidade já não queríamos que nada remetesse a uma bicicletaria tradicional”, explica Bruno. Ao contrário disso, desde o nascimento, a empresa investiu em espaços amplos, semelhantes às concessionárias de automóveis.

De acordo com o executivo, a empresa também prioriza até hoje a possibilidade de realizar test drive com os modelos dentro da própria loja. “A forma correta de convencer alguém a comprar o produto é colocando esse potencial comprador para andar na bicicleta o quanto antes”, afirma. Hoje, todos os locais de venda da Lev também possuem oficina e contam com um sistema de pós-venda que inclui a coleta domiciliar dos modais.

“O nosso pós-venda é diferente de um mercado europeu, americano e até chinês por causa das especificidades locais”, explica Bruno. Durante o período em que viveu na China, Affonso também viu as bicicletas elétricas surgirem como uma alternativa mais barata para a população geral em comparação com os automóveis. “O custo do produto por lá representa um mês de salário da população média, enquanto aqui no Brasil a maioria dos produtos custam cerca de cinco ou seis salários mínimos”, afirma. “Então precisávamos nos preocupar com a durabilidade e a longevidade desses produtos.”

Com a estratégia de produção local, serviços de manutenção e sistema de pós-venda, a marca espera poder oferecer modelos mais resistentes ao tempo, com melhor custo-benefício a longo prazo. “Dar uma vida longa para o produto é muito custoso e quem não tem o seu próprio design, suas próprias peças, não consegue oferecer a mesma durabilidade”, afirma.

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