Manaus (AM) – Acusado de estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita, Rayk da Silva Ferreira, 27, foi preso no bairro da Redenção, zona Centro-Oeste de Manaus, na última terça-feira (19). Rayk aplicava golpes com a venda de carros, motos, barcos e até enxoval.
No nome de Rayk havia o registro de 12 Boletins de Ocorrência (BOs), dez por estelionato.
De acordo com a titular do 2° Distrito Integrado de Polícia (DIP), delegada Elizabeth de Paula, as investigaçõestiveram início a partir da compra de um enxoval pela internet. O autor se passou pela empresa de enxovais, recebeu, via Pix, o pagamento de R$ 899, mas não enviou a compra para a vítima.
“A vítima entrou em contato com a empresa, descobriu que Rayk tinha sido o vendedor, recebeu o pix e não repassou para a empresa”, disse a delegada.
Segundo a delegada, após o depoimento de mais três vítimas, foi constatado que o acusado era contumaz em aplicar golpes.
“Ele aplicava golpe do pix, carta de crédito, venda de carros, motos e barcos. Ele recebia o dinheiro e trocava de endereço, fato que dificultava encontrá-lo”, relatou.
Em um dos golpes, Rayk anunciou, em um site de compra e venda, uma motocicleta, mas, ao receber valor de R$ 3 mil referente à compra do veículo, segurou o dinheiro e informava à vítima que a venda se tratava de um “consórcio”.
“Com relação ao pix, ele recebia o valor, caia na conta dele e ele não repassava para a empresa. Em relação a carta de crédito, ele imprimia uma carta de crédito, com um contrato falso e recebia o dinheiro. Ou seja, é golpe em cima de golpe”, afirmou a delegada.
A delegada relatou, ainda, que Rayk abriu uma empresa de intermediações financeiras e passou a aplicar cada vez mais golpes. Em março de 2023, ele recebeu R$ 28 mil de outra vítima.
A delegada informou que há uma investigação para descobrir se Rayk enviava os valores obtidos nos golpes para empresas fora de Manaus.
A polícia solicita que as vítimas de Rayk procurem a delegacia para que o inquérito policial seja concluído e enviando à Justiça.
Rayk responderá pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita. No último dia 17 de abril, a Justiça decretou a prisão preventiva do acusado.