Ex-presidente da Câmara Municipal de Tapauá tem contas reprovadas e é multado em R$ 14 mil

A prorrogação indevida de contratos e falhas na alimentação do sistema e-Contas culminaram na aplicação de multa ao ex-gestor.
(Foto: Divulgação/ TCE-AM)

Manaus (AM) — O ex-presidente da Câmara Municipal de Tapauá, Francisco Josimar da Silva Teixeira, foi multado em R$ 15 mil pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), nesta quarta-feira (19/3). O valor terá de ser devolvido ao cofres públicos e é resultado da reprovação das contas da casa legislativa referentes ao ano de 2022.

A decisão foi tomada pelo Tribunal Pleno, durante a 6ª Sessão Ordinária, após análise de uma série de irregularidades que comprometeram a transparência e a legalidade da gestão financeira do órgão. Entre os principais problemas apontados pelo conselheiro-relator Mario de Mello, destacam-se a prorrogação indevida de contratos, falhas na alimentação do sistema e-Contas, ausência de documentos que comprovem despesas com diárias e insuficiência de caixa para cobrir obrigações financeiras.

Além disso, auditorias identificaram superfaturamento quantitativo em serviços pagos que não foram executados na totalidade contratada, além da ausência de documentos obrigatórios na fiscalização de obras e serviços de engenharia.

Francisco Josimar da Silva Teixeira tem 30 dias para pagar a multa.

Contratações irregulares em Tefé

Na mesma sessão, o TCE-AM também julgou procedente uma representação contra a Prefeitura de Tefé devido à contratação excessiva de servidores temporários sem a realização de concurso público. O prefeito Nicson Marreira de Lima foi responsabilizado pela prática, considerada ilegal por contrariar o artigo 37, da Constituição Federal.

A denúncia, apresentada por meio da Ouvidoria do Tribunal, resultou em uma investigação que constatou que a prefeitura mantinha servidores temporários de forma recorrente, sem justificativa plausível para a não realização de um concurso público.

Como penalidade, Nicson Marreira foi multado em R$ 15 mil, com prazo de 30 dias para pagamento. O relator do processo, conselheiro Érico Desterro, determinou que o gestor apresente um cronograma para realização do certame e suspenda qualquer prorrogação das contratações irregulares.

Ao todo 89 processos foram julgados durante a 6ª Sessão, entre eles 39 recursos; 18 representações; e 13 prestações de contas anuais. A conselheira-presidente Yara Amazônia Lins convocou a próxima sessão para o dia 1º de abril de 2025, no horário regimental, a partir das 10h.

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