Manaus (AM) — A expulsão do Coronel Menezes do Partido Liberal (PL) pelo Diretório Municipal da legenda, em agosto deste ano, foi suspensa, na última quinta-feira (21/9). A decisão é provisória e partiu da juíza Katheen dos Santos, da 18ª Vara Cível, da Comarca de Manaus. Porém, uma audiência deve ser marcada para avaliar se houve falhas nos procedimentos que levaram à expulsão de Menezes da legenda, onde ele ocupa o cargo de vice-presidente regional.
O pedido foi deferido, parcialmente, pela juíza, que entendeu poder ter havido desrespeito ao direito à liberdade de expressão, informação e comunicação do Coronel Menezes. Em uma live em uma rede social, em 11 de julho deste ano, Menezes se referiu ao deputado federal Capitão Alberto Neto, presidente do PL Manaus, como “judas”, por conta de divergências políticas e internas.
Por conta da situação, o deputado federal solicitou a formação de uma Comissão de Ética para avaliar a conduta de Menezes e puni-lo. Então, ficou decidida a expulsão do político, que já foi superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), concorreu a uma vaga ao Senado nas últimas eleições e se intitula “amigo” do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, um dos principais nomes na legenda.
A partir da decisão da juíza, o diretório estadual do PL deve formar uma nova comissão de ética para avaliar o caso e seguir os protocolos descritos no regimento interno do partido.
Gratuidade avaliada
Embora tenha revertido a expulsão de forma temporária do Coronel Menezes, a juíza não atendeu a um dos pedidos dele, o de gratuidade no processo. Porém, ela deu a ele 15 dias para provar não ter condições de arcar com as custas processuais relacionados ao caso da expulsão.
À Justiça Eleitoral, Menezes, que é empresário, informou patrimônio de R$ 3,3 milhões.
