Falsa médica tem prisão preventiva decretada e pode ser indiciada por sete crimes

As investigações apontaram ainda que Sophia tratou indevidamente duas crianças com autismo, as quais receitou medicamentos tarjas pretas.

Manaus (AM) – A Justiça decretou a prisão preventiva da educadora física Sophia Livas de Morais Almeida, 32, que deve ser indiciada por, ao menos, sete crimes: falsa identidade; falsidade ideológica; exercício ilegal da medicina; estelionato contra vulnerável; falsidade material de atestado; curandeirismo; e charlatanismo.

Presa na segunda-feira (19/5), Sophia atuava como falsa médica em Manaus, se apresentava como especialista em cardiologia pediátrica em um podcast sobre saúde e ainda publicava nas redes sociais que era sobrinha do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), informação que foi desmentida pela prefeitura.

Conforme a Polícia Civil, Sophia é formada em Educação Física, mas atuava ilegalmente como médica há pelo menos dois anos. Ela realizava atendimentos em hospitais públicos, clínicas particulares e dava aulas como professora voluntária em faculdades de medicina em Manaus.

As investigações apontaram ainda que Sophia tratou indevidamente duas crianças com autismo, as quais receitou medicamentos tarjas pretas.

Nas redes sociais, ela se identifica como pesquisadora, mestre e doutoranda em medicina. A suspeita também chegou a postar fotos com o prefeito David Almeida, o qual dizia ser seu tio. A informação, no entanto, foi desmentida pela prefeitura.

Carimbo falso
De acordo com o delegado Cícero Túlio, ela obteve dentro do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) o carimbo de uma médica verdadeira que compartilhava o mesmo primeiro nome. Com esse carimbo, Sophia passou a realizar consultas de forma independente.

Em nota, o Hospital Universitário Getúlio Vargas informou que a suspeita nunca atuou como médica na unidade e não há registros de atendimentos feitos por ela. Segundo o hospital, ela foi aluna de mestrado na Universidade Federal do Amazonas como educadora física e, após concluir o curso, não mantém qualquer vínculo com a instituição.

Já o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) informou que, até o momento, não recebeu denúncia formal sobre a atuação de Sophia como falsa médica.

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