Boca do Acre – O fazendeiro Valdir Silva, conhecido como Valdirzão, suspeito de assassinar o caçador Francisco do Nascimento Melo, conhecido como Cafú, de 48 anos, se entregou à Polícia Civil do Acre neste sábado (18). Acompanhado de advogados, ele se apresentou após o fim do prazo para flagrante. O crime ocorreu na última terça-feira (14), na zona rural de Boca do Acre, no sul do Amazonas, enquanto Francisco caçava porcos do mato na região do quilômetro 37 da BR-317.
De acordo com testemunhas, Francisco estava acompanhado de seu filho de 14 anos quando foi abordado por Valdir Silva, o proprietário da terra onde estavam caçando. Após uma discussão acalorada sobre a presença dos dois na propriedade, o fazendeiro teria sacado uma arma e disparado cinco vezes contra Francisco. O adolescente presenciou toda a cena e ainda foi agredido pelo suspeito.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que familiares encontraram o corpo de Francisco e tentavam desesperadamente buscar ajuda. As imagens revelam o desespero da esposa e dos filhos da vítima ao lado do corpo.
Valdir Silva agora está sob custódia e foi interrogado pelo delegado Gustavo Calil, titular da delegacia da Polícia Civil do Acre. Segundo o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), as investigações continuarão para esclarecer todos os detalhes do homicídio.
“Valdir Silva, conhecido como Valdirzão, acaba de se entregar. Ele está sendo interrogado pelo delegado Gustavo Calil, que é o titular da delegacia da Polícia Civil do Acre. Valdir Silva é responsável pelo homicídio do Cafú, um fato que aconteceu no conflito agrário e que gerou uma repercussão muito grande na cidade de Boca do Acre. Essa é a resposta da Polícia Civil. Nosso trabalho foi feito e, a partir de agora, as investigações irão de forma complementar para apurar todos os detalhes desse homicídio, o porquê que houve, quem mandou, o porquê que aconteceu. Esse é o nosso trabalho investigativo. Com isso, nós damos uma resposta à altura, a resposta que a população Boca Crença aguardava”, afirmou o delegado.
