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FBI acusa espião russo que fingiu ser brasileiro por mais de 10 anos e revela como era a vida dele no Brasil

O FBI acusou Sergey Cherkasov de cometer diversos crimes nos EUA. No texto, o agente do órgão americano revela como era a vida do espião russo no Brasil, onde tinha uma namorada e trabalhava para travar amizade com uma funcionária de um cartório.
Imagens de um vídeo de 2017 mostram Sergey Cherskasov, um espião russo que atuou no Brasil, no aeroporto de Moscou — Foto: Reprodução/FBI

Há quase um ano, o espião russo Sergey Cherkasov foi preso no Brasil, onde vivia com uma falsa identidade de um brasileiro —o nome inventado era Viktor Muller Ferreira. Ele já foi condenado a uma pena de 15 anos de prisão por uso de documento falso.

Agora, esse espião também enfrenta processos nos Estados Unidos —na semana passada, o FBI, o órgão de inteligência dos EUA, publicou um relatório em que indicia Cherkasov por crimes. O texto também descreve como o espião atuava no Brasil e como era a sua vida aqui.

Apesar das acusações nos EUA, os americanos não decidiram ainda se vão pedir ao Brasil para extraditá-lo.

A própria Rússia tem um pedido de extradição em andamento na Justiça brasileira. Os russos afirmam que Cherkasov é um traficante de drogas, e ele mesmo afirmou que quer ser extraditado para a Rússia para responder esse suposto crime lá (leia mais abaixo).

O jornal “Washington Post” ouviu autoridades americanas que o indiciamento na Justiça dos EUA pode dificultar uma eventual extradição de Cherkasov para a Rússia.

De qualquer maneira, no último dia 18 de março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o pedido de extradição só será avaliado após o fim das apurações sobre os supostos crimes cometidos no Brasil.

Relembre o caso

A identidade real de Sergey Cherkasov foi revelada em 1º de abril de 2022. Ele havia viajado do Brasil para a Holanda para começar a trabalhar como estagiário no Tribunal Penal Internacional, em Haia, como se fosse brasileiro.

A Rússia não faz parte do Tribunal Penal Internacional, e, com a guerra na Ucrânia, a Corte de Haia recebeu diversos pedidos de processo contra o governo russo —recentemente, até mesmo emitiu um mandado de prisão contra o presidente Vladimir Putin.

Enviado de volta ao Brasil, Cherkasov foi preso na carceragem da Polícia Federal em São Paulo em abril de 2022.

Fonte: g1

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