Colúmbia Britânica (CA) – Devido à propagação extremamente rápida das chamas, dois grandes incêndios se fundiram na Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá, anunciaram as autoridades locais neste domingo(20). Milhares de pessoas continuam a evacuar a área.
O incêndio resultante desta fusão já cobre mais de 41 mil hectares da região de Shuswap, 500 km a nordeste de Vancouver, segundo os bombeiros da Colúmbia Britânica.
“Os bombeiros estão trabalhando para impedir o progresso das chamas (…) em áreas onde continuam avançando através de florestas e pastagens”, publicaram na rede social X, antigo Twitter.
Os ventos do norte favoreceram o avanço do incêndio, que destruiu vários edifícios nesta região turística.
Em toda a província, cerca de 30 mil pessoas estão sob estado de emergência e receberam ordem de evacuação, outras 36 mil estão em alerta e prontas para se deslocarem, indicaram as autoridades locais na noite de sábado.
Uma grande nuvem de fumaça permanece sobre a cidade de Kelown, localizada a 150 km ao sul de Shuswap, com cerca de 150 mil habitantes, dos quais milhares tiveram que abandonar suas casas.
“Enfatizamos a importância absoluta de seguir imediatamente as ordens de evacuação”, disse o chefe de emergência da província de British Columbia, Bowinn Ma, também na noite de sábado.
“É uma questão de vida ou morte para as pessoas que estão nessas casas, mas também para os socorristas, que às vezes são forçados a voltar e pedir às pessoas que saiam”, acrescentou.
Os incêndios também afetam o norte do Canadá, como a capital dos Territórios do Noroeste, Yellowknife, cercada há dias por focos, onde quase todos os seus 20.000 habitantes precisaram evacuar.
Depois de uma trégua no sábado (19), devido às chuvas da noite anterior, as autoridades preveem que as temperaturas devam voltar a subir no domingo.
“Embora o fogo não seja visível na superfície, está ativo e é enorme”, disse o ministro do Meio Ambiente dos Territórios do Noroeste, Shane Thompson, no fim de sábado.
O Canadá enfrentou fenômenos climáticos extremos nos últimos anos, cujas intensidade e frequência aumentaram devido à mudança climática.
O país vive, neste ano, uma temporada recorde de incêndios florestais: 14 milhões de hectares foram queimados – o dobro do último recorde, em 1989.
Fonte: g1