Flórida (EUA) – Enquanto ainda se recupera de um furacão potente, a Flórida já se prepara para a chegada de outro furacão, o Milton, que teve um crescimento em velocidade recorde para época e deve gerar a maior evacuação de moradores dos últimos oito anos nos Estados Unidos.
Em poucas horas, o furacão Milton, que se formou no fim de semana no Caribe e se aproxima do México e da Flórida, nos EUA, pulou da categoria 2 para 5, a máxima na escala, nesta segunda-feira (7), segundo informe do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês),
Segundo meteorologista de Miami, o furacão agora está a cerca de 1.175 km a sudoeste de Tampa, com ventos de até 250 km/h.
O salto de categorias em um período tão curto é extremamente raro e assustou os meteorologistas, que previam inicialmente que o fenômeno chegasse à categoria 3, já considerada forte. E chegará à Flórida pouco mais de uma semana de o estado ser parcialmente devastado por um dos furacões mais mortais dos últimos anos, o Helene.
Após passar por cinco estados norte-americanos, o Helene deixou um saldo de 230 mortos e um rastro de destruição.
O furacão Milton deve atingir a Flórida na quarta-feira (9), segundo as previsões inciais do NHC. De acordo com o órgão, chegará pela baía de Tampa e avançará para Orlando. Antes, o fenômeno deve passar pela península de Yucatán, no México.
Por conta do rápido crescimento do Milton, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta segunda estado de emergência em toda a Flórida.
Apesar do curto período entre um furacão e outro, o chefe da Agência Federal para a Gestão de Emergências, Deanne Criswell, disse que as autoridades federais estão “absolutamente preparadas” para enfrentar a nova tempestade.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, aumentou para 51 o número de condados em estado de emergência.
O Helene atingiu a costa da Flórida como furacão de categoria 4 em 26 de setembro, e deixou um rastro de destruição terra adentro até as montanhas dos Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações repentinas em cidades remotas de estados como a Carolina do Norte.
A tempestade deixou mais de 220 mortos, transformando-a no segundo desastre natural mais mortal registrado no país desde o furacão Katrina, em 2005.
Nesta segunda, equipes de buscas continuavam trabalhando para buscar sobreviventes da passagem do Helene e levar eletricidade e água potável para as comunidades montanhosas isoladas pela devastação.
O esforço, no entanto, foi afetado por uma onda de informações falsas e teorias conspiratórias, entre elas a afirmação do candidato presidencial republicano Donald Trump de que sua adversária na disputa à Casa Branca, a vice-presidente democrata Kamala Harris, se apropriou indevidamente dos recursos de ajuda e os redirecionou para os migrantes.
Fonte: g1