O ex-deputado dos EUA George Santos, filho de brasileiros, foi condenado a sete anos de prisão nesta sexta-feira (25). A juíza Joanna Seybert sentenciou o político a 87 meses de detenção. Ainda não há informações sobre quando ele irá começar a cumprir a pena.
Santos, que caiu em desgraça após mentir sobre sua história de vida e cometer fraude contra doadores de campanha, compareceu nesta sexta-feira a um tribunal federal para receber sua sentença.
O republicano de Nova York, que serviu no Congresso por pouco mais de um ano antes de ser expulso por seus colegas da Câmara em 2023, se declarou culpado em agosto do ano passado por fraude eletrônica federal e falsidade ideológica.
Ele admitiu ter enganado doadores e roubado a identidade de uma dezena de pessoas, incluindo membros de sua própria família, para financiar sua campanha vitoriosa. Como parte de um acordo judicial, Santos concordou em pagar cerca de US$ 580 mil em multas, além de cumprir pena de prisão.
Aos 36 anos, ele não respondeu às perguntas gritadas dos repórteres enquanto entrava no tribunal em Long Island, mas disse à Associated Press na quinta-feira que está resignado com seu destino.
“Estou tão bem quanto qualquer ser humano poderia estar, dadas as circunstâncias”, escreveu Santos em uma mensagem de texto na quinta-feira, acrescentando que estava “pronto para encarar as consequências”.
O pedido dos promotores, acatado pela juíza, foi de sete anos de prisão para Santos. Eles argumentaram, em documentos judiciais recentes, que o ex-deputado “continua sem arrependimento” e não demonstrou remorso genuíno, apesar do que afirma.
Eles citam comentários recentes que Santos fez nas redes sociais, nos quais se apresenta como vítima de abuso por parte da promotoria.
Em uma carta ao tribunal nesta semana, Santos afirmou estar “profundamente arrependido” por seus crimes, mas disse que a pena proposta pelos promotores é severa demais.
Os advogados de Santos pediram uma pena de dois anos de prisão, que é a pena mínima obrigatória para o crime de roubo de identidade qualificado. Eles argumentam que essa pena é comparável às sentenças aplicadas ao ex-deputado Jesse Jackson Jr. e a outras figuras políticas condenadas por crimes financeiros semelhantes.
Fonte: g1