O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quarta-feira (5) que o grupo interministerial que será criado para discutir a segurança nas escolas fará a primeira reunião nesta quinta-feira (6), às 10h30.
O grupo, segundo o titular da educação, terá 90 dias para apresentar propostas de enfrentamento à violência nos estabelecimentos de ensino.
Camilo Santana deu a declaração após reunião com outros ministros e com o presidente Lula, no Palácio do Planalto.
O presidente convocou a audiência após o ataque a uma creche em Blumenau (SC) nesta quarta-feira, que resultou na morte de quatro crianças. Outras quatro ficaram feridas.
Os crimes foram cometidos por um homem de 25 anos que invadiu o estabelecimento e golpeou as vítimas com uma machadinha.
Composição do grupo
Segundo Camilo Santana, o decreto que vai instituir o grupo será assinado por Lula nesta quarta-feira.
Farão parte do grupo de trabalho representantes dos seguintes ministérios:
- Educação
- Justiça
- Direitos Humanos
- Secretaria-Geral da Presidência
Patrulhamento e monitoramento na internet
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que, na próxima semana, será lançado um edital para liberar R$ 150 milhões aos estados com a finalidade de reforçar o patrulhamento em escolas e creches.
“Por determinação do presidente Lula, o Ministério da Justiça vai oferecer apoio financeiro às Rondas Escolares das polícias estaduais ou guardas municipais. Primeiro edital sairá na próxima semana, com o valor de R$ 150 milhões”, disse Dino.
O ministro também declarou que o Ministério da Justiça tem atualmente uma equipe com 10 policiais que monitora na internet ameaças de ataques a escolas. Segundo Dino, essa equipe será reforçada e passará a contar com 50 policiais nos próximos dias.
Dino disse ainda que a possibilidade implantação de seguranças armados nos estabelecimentos de ensino será discutida pelo grupo interministerial.
Mais cedo, nesta quarta-feira, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, afirmou que a ideia do grupo interministerial será “valorizar na sociedade uma cultura da paz, uma cultura da não violência”.
Fonte: g1