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Governo Lula vai antecipar R$ 100 milhões em emendas para Amazonas

Bancada do Amazonas reclama que a articulação política do governo Lula (PT) não tem dando vazão às emendas
Foto: Reprodução Internet

Brasília (AM) – O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou na quarta-feira (18) que o governo federal vai antecipar o pagamento de R$ 100 milhões em emendas parlamentares para o Amazonas. Isso porque o Estado sofre há algumas semanas com uma estiagem que tem provocado a seca de rios.

O anúncio foi feito depois que o Palácio do Planalto passou a ser pressionado, nos bastidores, pelos congressistas que queriam ajudar a mitigar a crise na região por meio de recursos diretos.

Na prática, as emendas permitem que os parlamentares coloquem suas “digitais políticas” em ações e obras emergenciais no Estado. A reclamação da bancada do Amazonas é que a articulação política do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem dando vazão às emendas destinadas pelo Congresso.

Os R$ 100 milhões em emendas farão parte de um pacote de ações maior, que irá totalizar mais de R$ 600 milhões em recursos para a região.

O anúncio foi feito pelo vice-presidente depois que ele comandou uma reunião justamente com os deputados, senadores e o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil). 

Também participam do encontro os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; e do Meio Ambiente, Marina Silva.

Durante a reunião, o governo assinou justamente a liberação dos R$ 100 milhões para dragagem no rio Amazonas, em região conhecida como Tabocal, próximo ao rio Madeira.

Mas, antes mesmo de o encontro começar, os deputados do Estado admitiram mal-estar pela dificuldade na liberação dos valores federais. “Uma das razões também da reunião, sem dúvida, é a cobrança de que seja executada de forma mais séria a questão da liberação desses recursos [emergenciais], bem como também das nossas emendas parlamentares que também vêm no sentido de ajudar a mitigar essas ações”, cobrou abertamente o deputado Fausto Júnior (União-AM).

“(Na reunião) foi feito um balanço do que foi enviado até agora para enfrentar a seca no Amazonas. Mas o Estado não precisa de ações temporárias, nós precisamos de soluções permanentes. Chamo a atenção do governo federal de que se essa lógica não mudar, se não tivermos um plano de enfrentamento, todos os anos será a mesma tragédia, ainda mais com os efeitos das mudanças climáticas”, complementou o deputado Amon Mandel (Cidadania-AM).

A pedido do presidente Lula, o governo começou a realizar hoje novas reuniões sobre a estiagem no Amazonas e as chuvas que atingiram a região Sul do país. Os eventos são vistos pela gestão petista como um sinal do recrudescimento da crise climática e, por isso, passaram a ser tratados como prioridade pelo Palácio do Planalto.

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