Manaus (AM) – Um caso de vazamento de imagens íntimas ocorrido em 2019 resultou na condenação de Adan Andrews Oliveira Diniz, que divulgou fotos de uma mulher que frequentava a mesma igreja que ele na capital amazonense. O suspeito, que fazia parte da equipe de sonoplastia do templo religioso, aproveitou-se de um trabalho realizado no local para acessar o celular da vítima e obter as imagens.
A vítima só soube do vazamento quando uma colega a alertou que fotos e vídeos íntimos dela estavam circulando. Ao investigar, ela descobriu que as imagens haviam sido transferidas do celular de Adan para o aparelho de seu auxiliar, um menor de idade. A participação do menor no crime também caracterizou o delito de corrupção de menores.
A exposição das imagens causou sérios impactos na vida da mulher, que desenvolveu quadros de ansiedade e precisou mudar de igreja e até de cidade para se afastar do trauma. Durante conversas com outros membros da igreja, ela descobriu que Adan já havia praticado algo semelhante com sua ex-namorada, que relatou ter sido ameaçada com a divulgação de fotos íntimas.
Adan foi condenado por divulgar as imagens íntimas da vítima por e-mail e por envolver um menor no crime. O processo contou com o depoimento de duas vítimas e cinco testemunhas, incluindo uma da defesa. Em seu depoimento, a mulher afirmou que fazia parte da liderança do grupo de jovens da igreja e havia entregado seu celular à equipe de sonoplastia, representada por Adan e seu auxiliar menor de idade.
Inicialmente, Adan responderá ao processo em liberdade. O crime de divulgação de cenas de nudez e corrupção de menores pode resultar em penas significativas, mas o caso ainda segue em andamento na Justiça.