Idam destaca distribuição de 700 mil mudas de cacau para fomento do setor primário do Amazonas

A iniciativa visa atender ao interesse dos trabalhadores rurais do estado em aumentar a renda por meio da venda fruta.
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — Matéria-prima do chocolate, o preço do cacau tem disparado nas bolsas de valores, o que tem intensificado o interesse dos agricultores familiares amazonenses por essa cultura. E, para fomentar a atividade, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) tem realizado uma série de ações, entre as quais a distribuição de mais de 700 mil sementes da fruta, realizadas nos últimos dois anos.

Somadas a diversos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) prestado pelo Idam, a distribuição de mudas tem sido realizada entre o instituto e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, que produz sementes melhoradas geneticamente para produção de mudas. 

“Somente entre 2023 e 2024, o Idam contemplou os agricultores familiares amazonenses com 700 mil sementes de cacau com melhoramento genético, que foram desenvolvidas na estação experimental da Ceplac, para apoiarmos a produção de mudas e, posteriormente, o plantio de cacau”, informou o gerente de Produção Vegetal (GPV) do Idam, Luiz Herval, ao acrescentar que a estação da Ceplac está instalada em Medicilândia, no Pará.

Ainda segundo o gerente, neste ano, mais 400 mil sementes devem ser distribuídas aos municípios. “Essas sementes são suficientes para plantar de 550 a 600 hectares por ano. A previsão é que ainda neste primeiro semestre, o Idam receba mais uma remessa de sementes para incentivar a produção local”, ressaltou.

Produção atual

Dados do Idam apontam que, atualmente, o estado produz cerca de mil toneladas de sementes de cacau por ano, marca que tem se estabilizado nos últimos anos. Porém, a expectativa é de expansão no plantio da fruta, o que deve, futuramente, gerar aumento de renda e melhoria na qualidade de vida do produtor rural local.

“Há três anos, o produtor recebia de R$12 a R$15 por quilo de amêndoa comercializada, e, neste ano de 2025, por essa mesma quantidade de sementes, o produtor está recebendo entre R$ 45 e R$ 65. Ou seja, nunca o produtor de cacau havia recebido um valor tão alto”, destacou o gerente da GPV do Idam.

O gerente explica que houve a elevação do preço porque o cacau é uma matéria-prima, uma commodity, ou seja, é negociado em bolsas de valores e determinado pela oferta e procura internacional. Em 2024, a valorização do cacau foi a maior entre todas as commodities, tendo apresentado um aumento de 200%.

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